GameForces Awards 2024 - Melhor Indie do Ano

 

O ano de 2024 não foi apenas uma loucura absoluta no que toca a lançamentos de jogos com orçamentos que fazem os nossos olhos transformarem-se em cifrões - ou lá como se chama o símbolo do euro -, ou sob a alçada de grandes editoras multinacionais. Não, este ano foi uma loucura quase tão grande no que diz respeito a lançamentos de pequenas produtoras independentes. Sim, 2024 voltou a ser um ano onde o mercado independente voltou a mostrar toda a sua arte, todo o seu engenho e toda a sua criatividade, oferecendo imensos jogos fenomenais.

E mesmo num ano completamente insano como este, muitos elementos da nossa equipa fizeram questão de pôr de parte os grandes títulos que estavam na berra para envergar pela sempre surpreendente oferta de títulos indie. Ainda que isso tenha resultado em backlogs mais gordos, acreditem que não nos arrependemos dessa decisão. Vale sempre a pena louvar, aclamar e celebrar todos os que trabalham para nos trazer obras de arte. Por isso, celebremos agora os melhores jogos indie que jogámos este ano!

Filipe Mesquita - Tales of Kenzera: ZAU

Como já começa a ser hábito, 2024 foi um ano riquíssimo em experiências indie de grande qualidade. Pessoalmente, a diferença foi o tempo que consegui investir nesta vertente da indústria. Ainda assim, houve um título que se destacou - Tales of Kenzera: Zau. Um metroidvania visualmente cativante, que explora uma mitologia africana que não me recordo de ver noutras ofertas, com uma jogabilidade bem conseguida. No entanto, o que se destaca aqui é a narrativa de perda e luto que marca toda a narrativa e as pequenas histórias que encontramos em cada grande área do jogo. Tocante do início ao fim, este foi um jogo que me emocionou como poucos, daí ser mais do que merecedor deste humilde destaque que aqui faço.

Tiago Sá - Neva

Tanto na minha análise de Neva como neste segmento do Melhor Indie do Ano, senti um peso incomportável nos ombros ao tentar escrever qualquer palavra. É errado tentar colocar Neva numa caixa, diminuir o poder das suas mensagens ao desmistificá-lo numa crítica. Podia redigir dezenas de parágrafos, e nunca seria capaz de fazer jus a tudo o que a história de Neva diz sem que uma palavra seja proferida. É belo, inspirador e inspirado: joguem-no.

Filipe Martins - CAPES

A minha escolha para esta categoria também foi fácil, porque um Indie realmente se destacou dos que joguei. Falo de Capes. Este jogo destacou-se pela sua abordagem ao género de estratégia por turnos, colocando-nos no papel de heróis que precisam recuperar uma cidade dominada por vilões. O sistema de combate é tão tático quanto emocionante, incentivando decisões inteligentes e aproveitamento das habilidades únicas de cada personagem. É quase como  um jogo de xadrez que temos que olhar para o cenário inicial e magicar várias jogadas seguidas antes de sequer mexermos na primeira personagem.

O que mais me impressionou em Capes foi a maneira como equilibra uma narrativa envolvente com mecânicas sólidas e desafiantes. A arte estilizada e a banda sonora vibrante complementam perfeitamente a experiência. É um jogo que prova que os Indies continuam a ser o espaço onde encontramos inovação e criatividade sem limites. Pelo que vi e fomos comentando aqui na GameForces, é certo que outros títulos destacaram-se mais na comunidade mas, dos que eu joguei, Capes é o merecido Indie do Ano.

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Introdução por Filipe Castro Mesquita

Edição do Texto por Tiago Sá

Thumbnail e Imagens de Texto por Carlos Cabrita