As crónicas de... um jogador 2.5 - Evangelizar o Fifa!



(versão áudio desta crónica)


 Olha quem são eles! os meus meninos! Como estão?

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De volta à rotina, já passou o período das festas e calha agora voltar às pequenas grandes tradições que tanto adoramos. Trabalho, escola e a realização que janeiro é um mês que parece que nunca mais acaba. Também é tempo de investirmos o nosso tempo nos jogos que o pai (ou mãe) natal deixou debaixo da árvore. Mas o meu caso foi diferente. Eu explico.

Como vocês sabem, acabei o Dragon Age  The Veilguard e tentei voltar para o Metaphor Refantazio, mas depois de passar tanto tempo mergulhado em RPGs, senti a necessidade de algo com uma carga emocional mais leve. E nada melhor que um título jogado por milhões mas que que enerva tanta gente e que faz muita gente mandar comandos contra a parede de frustação. Poderia estar a falar de algum jogo souls ou soulslike, mas falo de Fifa, ou melhor EA Sports FC, mas é mais fácil tratá-lo pelo nome que é conhecido por todos, até provavelmente já pelos nossos avós.

Sim, o jogo saiu em Setembro e até fiz a análise no seu lançamento mas que depois deixei a marinar. E explico. Creio que o Fifa divide as pessoas em três grupos distintos. De um lado, os que não têm interesse por futebol, sempre prontos a criticar com frases do tipo: 'é mais do mesmo', 'só muda o nome', 'não sei como gostam daquilo' – e a sua insatisfação, por vezes, parece irreconciliável. Na outra ponta, estão os fanáticos: aqueles que mal o jogo é lançado já têm equipas de topo, estudam cada detalhe, e, em alguns casos, investem dinheiro para obter ainda melhores jogadores. Não os julgo – cada um joga da forma que gosta."

E, depois, há os jogadores como eu. Até sigo o mundo do futebol, vejo o meu clube (na televisão) sempre que posso e acompanho resultados e resumos. Sempre considerei o Fifa uma espécie de jogo de conforto – algo que está sempre instalado, pronto para ser jogado quando amigos vêm a casa, com aquele toque saudável da pergunta: 'Bora um Fifa? Que equipa vais?' 

No entanto, algo mudou.

Depois de Dragon Age, comecei a investir mais no Fifa, e isso trouxe à tona um lado do jogo que me tem fascinado por completo. Não me considero propriamente um excelente jogador, mas a vertente de Ultimate Team tem, sem dúvida, um lado tático que me está a prender.

No início, limitava-me a montar equipas baseadas nos jogadores que conhecia e gostava, ou que fossem simplesmente da mesma equipa com um rating mais alto. Mas à medida que me aprofundei, percebi que há toda uma complexidade táctica que se desenrola nas entrelinhas. A construção de um bom plantel vai muito além da simples escolha dos jogadores com melhores ratings. É preciso pensar em química, em sinergia entre as diferentes posições ,jogadores da mesma nacionalidade e em como essas combinações podem maximizar o desempenho da equipa. Ficam a saber que comprei a treinadora Aklina Cacvina da Croácia para fazer química com o Luka Modric. Não consigo encontrar imagens dela no google, mas se jogarem Fifa, pesquisem, não se vão arrepender.

Uma das coisas que mais me atraiu no EA Sports FC foi os objetivos diários e semanais. Agora, passo muito mais tempo a tentar cumpri-los, porque cada objetivo tem uma recompensa específica que pode ajudar na evolução da equipa. Seja marcar um número X de golos em  Y partidas diferentes ou jogar com determinado jogador, cada desafio oferece um propósito, obrigando-me a adaptar a minha forma de jogar e a experimentar novas táticas ou jogadores. Isso trouxe um novo nível de motivação e a noção de que, além do prazer imediato de jogar, também há metas a alcançar.

Outro modo que tem sido uma grande parte da experiência é o Squad Battles. Aqui, a competição é contra a IA, mas a dificuldade crescente torna cada jogo uma verdadeira batalha, mas que sinto que não é tão stressante como jogar contra outras jogadores. Apesar disso, subir de divisão no modo Rivals é também um desafio constante, especialmente nos jogos de subida de divisão, onde cada erro pode ser crucial. A pressão para vencer partidas e garantir a progressão exige mais concentração e adaptação táctica. Às vezes, é frustrante, mas também é extremamente divertido quando conseguimos alcançar esses objetivos.

Além disso, jogar o modo Rush com amigos tem sido um dos meus favoritos. É uma forma descontraída de jogar, sem a pressão das classificações e divisões. Escolher jogadores específicos para o Rush, com jogadores menos convencionais ou formatos inusitados, traz um toque leve e competitivo que nos faz rir e desafiar os nossos limites. É nessas partidas que muitas vezes se criam memórias e histórias que perduram muito para além do jogo em si, seja pelos comentários mais aguerridos feitos por amigos, ou por ter que levar um jogador bronze ou prata para completar um determinado objetivo, enquanto vemos a equipa adversária a levar lendas. Coisas à Fifa.

Portanto, à medida que minha relação com o Fifa tem evoluído, sinto que agora há muito mais do que apenas jogar por jogar. A motivação vinda dos objetivos, das batalhas contra a IA e das disputas de Rivals tem-me dado um novo propósito e uma forma diferente de ver o jogo. E, mesmo que os desafios sejam difíceis, a recompensa e a diversão de os superar são o que torna esta jornada ainda mais satisfatória e está a agarrar-me bastante. Vejam lá que tenho a aplicação instalada no telemóvel, para poder ir fazendo os Sbc's em momentos fora da PlayStation. 

Entendo perfeitamente porque este título não é para todos. O Fifa, ou EA Sports FC, pode ser visto como mais do mesmo para alguns, enquanto outros não têm grande interesse no futebol virtualizado. Mas para quem gosta de uma vertente estratégica e táctica, se gostarem um bocadinho de futebol, com a possibilidade de personalizar equipas e cumprir desafios, acaba por ser uma experiência única e a ter em conta.

Este mês de Janeiro, por ser mais calmo em termos de lançamentos, tem sido o momento perfeito para me focar no Fifa. Mas sei que, em Fevereiro, o cenário vai mudar radicalmente com o lançamento de títulos de peso. Jogos como o Assasins Creed Shadow, o Monster Hunter Wilds entre outros certamente vão me fazer pôr o Fifa em pausa por algum tempo. No entanto, até lá, vou continuar por aqui, a tentar alcançar novos objetivos e a explorar todas as nuances que o EA Sports FC tem para oferecer.


Completamente focados no Fifa...ou Não!?


E é isto malta. Desculpem esta pregação, mas teve que ser, tinha que tirar isto cá para fora.

Tendo em conta que a edição anterior mencionei que não iria falhar, informo que para a próxima semana não haverá cronica, não irei estar no pais. Desculpem lá plebe, mas vou viajar. Podem aproveitar o tempo para ir jogar Fifa.


Boas jogatanas



Ass: Um jogador.




As crónicas de... um jogador 2.5 - Evangelizar o Fifa! As crónicas de... um jogador  2.5 -  Evangelizar o Fifa! Reviewed by Filipe Martins on janeiro 06, 2025 Rating: 5

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