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Cá estamos. Cheira novo ano. E quero abrir já as hostilidades. Falhei com vocês. Eu sei.
Então quer dizer, faço um upgrade às cronicas, trago um formato áudio e apresento... 4 míseros episódios no ano passados. Uma vergonha. Mas a minha questão passa por, o meu tempo de "gaming" é também o meu tempo de "nerdices" onde escrevo e gravo e tal. Ou seja, quando jogo não escrevo e ao escrever não jogo. percebem? Exato, eu também não.
Mas é uma verdade inescapável — o tempo é finito e as prioridades acabam por se cruzar, muitas vezes de forma desafiadora. Gosto de jogar, gosto de escrever, e gosto de gravar, mas parece que a dedicação a uma coisa acaba por vir à custa de outra. E não, não estou aqui para dar desculpas — apenas uma constatação.
A verdade é que a escrita e o ato de partilhar essas experiências me trazem uma satisfação imensa, mas ao mesmo tempo, há dias em que sento diante do teclado e a motivação evapora porque queria tanto estar a jogar alguma coisa. Quando finalmente sento-me para escrever, sinto que deveria estar a avançar naquele RPG que há meses me espera para ser terminado, ou só estar na galhofa com amigos nalgum co-op.
É um dilema, esse equilíbrio entre o jogador e o "escritor/narrador". São dois lados da mesma moeda, mas que parecem nunca se alinhar completamente. Às vezes, sinto que preciso de um clone — um para jogar e o outro para escrever.
Portanto, sim, falhei com vocês (as largas centenas de milhares de leitores que leem aqui, e as dezenas de milhares que ouvem (é normal serem menos, é mais recente, mas havemos de chegar lá)). Não tenho desculpas. É verdade que as outras dinâmicas da minha vida que ocupam o resto do meu tempo vieram para ficar, mas de alguma maneira vou tentar ser mais consistente em 2025. Será um dos objetivos para o virar do ano. E agradeço a vocês, leitores fiéis e críticos generosos (sim, até ao 'Bruno77' que me chama de 'traidor dos RPGs' porque não acabei Baldur's Gate 3). É por poder partilhar estes momentos convosco que continuo aqui, mesmo com os meus 'deslizes' no calendário.
Mas está na altura de refletir sobre o ano de de 2024. E apesar de algumas promessas adiadas, foi um ano de conquistas. Eu explico. Um marco importante para mim foi o convite para a equipa da GameForces participar num episódio do Glitch GameCast. Esse convite acabou por despoletar um efeito bola de neve.
Mesmo que não tenha sido eu a estar a representar a equipa no episódio, a partir daí, comecei a estar mais ativo no Discord do Glitch, a jogar com a malta, e a interagir com uma comunidade incrível. Ao longo dos meses destas interações, surgiu o convite inesperado para integrar o universo Glitch como co-apresentador do Masmorra do Glitch, onde, a par da Sofia (Streamer Soficious) e do Nuno (do site Meus Jogos) falamos de temáticas em volta de RPG's.
Foi um salto inesperado, trouxe sem dúvida novas emoções aliado a algum nervosismo mas um salto que me trouxe novas experiências e oportunidades. Aliás, foi devido a esse convite e a esta nova experiencia que decidi trazer a versão áudio das crónicas, portanto agradeçam a eles como eu vou fazer agora: um grande obrigado à equipa do Glitch por terem sido parte desta jornada.
Mas vá vamos lá falar de videojogos. Para 2024 destaco, Helldivers 2, Capes, Dragon Age The Veilguard e claro Final Fantasy Rebirth. O primeiro por ter sido onde realmente passei mais horas ( 217 para ser exato), e apesar de ter ficado em standby faço questão de voltar, mal haja um espacinho de tempo. Capes porque é o meu estilo predileto de jogos, um rpg tático por turnos, semelhante a X-Com mas com super heróis, que é sempre castiço. Dragon Age porque esperámos (nós, os fãs de dragon age) 10 anos por este titulo, e apesar de deixar um sabor agridoce, pelo menos já ta cá fora. Mais informação, na análise que escrevi, vão ler, se faz favor claro. E Final Fantasy Rebirth. Tem no título Final Fantasy, e eu não resisto, sou fraco admito. Também à ali coisas que me fizeram comichão é certo, mas tá um bom jogo. Prontos, tá fechado.
Foi um ano onde o tempo pareceu-me faltar, mas isso só me deixa mais motivado para abraçar o que vem aí em 2025. Obrigado por continuarem desse lado. Novamente, essas centenas de milhares que tão por aqui. Ou só a minha mãe que lê e ouve isto. Beijinho maezerica.
Mas decidi nesta primeira crónica do ano, dar-vos uma prendinha de Natal atrasada. Como já repararam a crónica escrita tem um leitor de musica, onde seleciono uma musica de um jogo para acompanhar a vossa leitura, e a mesma musica passa baixinho na versão narrada. Pois bem, todas essas musicas e as que irei acrescentar tão todas numa playlist que agora partilho como vocês! quem é querido quem é? Podem acrescentar também as musicas que quiserem, desde que, claro está, sejam parte de videojogos. Tomem lá!
E pronto, pessoal, ficamos por aqui neste ar de novo ano. Espero que tenham entrado com o pé direito, mas cuidado para não tropeçarem na prateleira dos backlogues, que aquilo acumula pó e jogos por acabar.
A aproveitar o sol de inverno cheios de estilo! |
Desejo-vos um 2025 cheio de bons jogos, tempo para os jogar (e terminar, porque sim, isso também é importante), e, acima de tudo, muita diversão e saúde. Prometo tentar ser mais consistente em 2025 ou, pelo menos, falhar de uma forma que vos faça rir.
Mais do que jogos ou crónicas, esta partilha é o que me faz voltar, ano após ano. Que 2025 seja ainda mais incrível — para mim, para vocês, e para os nossos backlogues (inevitável certo?). Obrigado por serem parte desta aventura.
Abraço, bom gaming e até à próxima crónica!
As crónicas de... um jogador 2.4 - Reflexões esperadas!
Reviewed by Filipe Martins
on
janeiro 02, 2025
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