Carlos Silva - Final Fantasy VII Rebirth
Para a escolha da melhor OST deste ano escolhi um título que utiliza faixas de alguns dos maiores nomes da indústria da música de videojogos, desde o eterno Nobuo Uematsu até Mitsuto Suzuki. Conseguido acompanhar a narrativa, história e jogabilidade, a música de Rebirth consegue verdadeiramente potenciar todos os seus elementos, elevando o seu conjunto acima da simples soma das partes.
Mas a banda sonora de Rebirth consegue ir mais além do enaltecer da experiência ao jogador de hoje. Com uma seleção que mistura perfeitamente verdadeiros clássicos da série Final Fantasy e novas adições, permite não somente evocar o seu legado, como introduzir novos elementos que vem reformular, refrescar e incrementar aquilo que esperamos de um Final Fantasy na sua vertente sonora. Títulos como "No Promises to Keep LOVELESS" ou ""Battlefield Rhythms", vem trazer uma lufada de ar fresco aos clássicos intemporais reimaginados, como "Memories of Midgar" ou "Jenova Reborn". Fica a dica!
Carlos Cabrita - Final Fantasy VII Rebirth
Filipe Martins - Final Fantasy VII Rebirth
Se estás a pensar que talvez tenhamos algum tipo de parceria secreta com a Square Enix... bem, quem me dera! Mas não, ainda não há nenhum contrato assinado. A verdade é que a qualidade desta banda sonora fala por si própria. Se por acaso alguém da Square estiver a ler isto, fica já aqui a dica: estamos disponíveis para conversas, ok?
Brincadeiras à parte, esta escolha reflete o impacto inegável da música de Rebirth. É um trabalho que ultrapassa o conceito de acompanhamento sonoro e entra diretamente no coração de todos os que jogaram. Com cada nota, sentimos que estamos a viver algo épico e inesquecível – algo que, claramente, também ressoou com a nossa equipa onde eu claramente também assino.
Tiago Sá - Mario & Luigi: Brothership
O Carlos Cabrita que me perdoe: quando lhe encomendamos a thumbnail deste artigo, estava crente de que daria o ouro a The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom. Adoro o modo como a banda sonora utiliza leitmotifs clássicos como ponto de partida para novas composições refrescantes, e como a seleção de músicas é numerosa - garantindo que, por cada tema mais discreto, há outros dois memoráveis ao virar da esquina.
Porém, sempre que me sentava para escrever a minha participação, havia uma barreira psicológica que me impedia de avançar, na forma de uma dúvida: "E Mario & Luigi: Brothership?" Sentei-me a ouvir as duas bandas sonoras em alternância, procurando deslindar o mais justo vencedor, e o novo jogo dos canalizadores saiu resolutamente por cima. Embora as músicas de bosses deixem a desejar (tanto em quantidade como em grandiosidade), todas as restantes composições ficam no ouvido quer queiramos ou não, beneficiando de uma consistência com que outros jogos podem apenas sonhar. Para além de serem verdadeiros hinos, os temas complementam na perfeição as secções em que são usados: o fenomenal tema de Twistee Island puxa por um pé de dança, e é o que ouvimos enquanto ajudamos dois dançarinos profissionais; os acordeões de Florall Island pautam uma atmosfera serena e sumptuosa, perfeita para acompanhar o jardim de flores que preenche a ilha.
Entre esta invejável coesão e esta gama de músicas tão diversificadas como memoráveis (dois elementos evocativos de Xenoblade Chronicles 2, que possui uma das minhas bandas sonoras favoritas de sempre), sinto-me confiante em eleger Brothership como a minha OST do ano!
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