GameForces Awards 2024 - Maior Desilusão do Ano

Se pudéssemos, enchíamos esta introdução só com GIFs e memes a gritar que não. Como aquele do The Office, ou o do Darth Vader. Se pudéssemos, enchíamos também esta introdução com palavrões. E acreditem que vontade não nos falta. Porque os jogos que vamos referir a seguir levaram-nos a perder a cabeça e os filtros. Levaram-nos a gritar de frustração, a praguejar como se não houvesse amanhã, a chorar pelo potencial desperdiçado, ou até a fazer os nossos psicoterapeutas andar mais devagar de tão cheios os seus bolsos ficaram por causa destas experiências. Sim, está na hora de entrar por aquela via da Internet que adora o caos, a crítica desenfreada, o ódio e tudo que seja negativo.

Reparem, caros leitores, que este "prémio" se chama "Maior Desilusão." Isto significa que não vamos aqui olhar necessariamente para os piores jogos do ano - não vamos bater mais em Skull and Bones, por exemplo. Significa que vamos falar de jogos para os quais olhávamos com alguma ou muita expectativa, e cujas experiências foram tão piores do que o esperado, que ficamos com os nossos corações despedaçados. Honestamente, os jogos que se seguem não merecem que gastemos mais latim nesta introdução. Portanto vão lá ver o que detestamos, riam-se de nós, chorem connosco, e deixem-nos ir abraçar os nossos cães e gatos, porque estamos a precisar.





Carlos Cabrita - Suicide Squad: Kill The Justice League

A expectativa para Suicide Squad: Kill the Justice League era alta. Na verdade, eu rezei até ao último segundo que o jogo não fosse realmente como toda a gente estava a dizer, um jogo live service. Infelizmente foi.

Não comprei o jogo pois tive sempre medo do que estava a ser entregue ao público e as suas reviews eram más; contudo, assim que consegui experimentá-lo graças ao PlayStation Plus Premium, meu deus do céu… que coisa horrível. O jogo não adota nenhuma das mecânicas oferecidas nos Batman Arkham, a história é muito fraca e a gameplay é tão pobre. Sei lá, o jogo podia ser tão bom e ter tanta coisa excelente e foi um completo tiro no pé. A ideia estava lá, pegar nos principais protagonistas da série Suicide Squad (ainda por cima com os filmes que andam a sair do Batman e com a série do Peacemaker) e fazer algo bonito com estes, algo com história, ou até mesmo adotar um estilo mais singleplayer sem a necessidade de estar ligado à internet 24/7… Havia muitas opções de escolha no entanto decidiram aquela que lhes parecia mais rentável… acontece que não foi lá muito, e o jogo está praticamente morto nos dias de hoje. É triste.




Tiago Sá - The Plucky Squire

Nem imaginam o meu entusiasmo quando vi The Plucky Squire pela primeira vez. Uma experiência que mistura platforming com puzzles, assente num mundo dos contos para criança que, por um lado, confere ao jogo um adorável e inesquecível estilo de arte e, por outro, é o pretexto perfeito para resgatar e (aparentemente) evoluir a mecânica de navegação por paredes de The Legend of Zelda: A Link Between Worlds.

Parecia bom demais para ser verdade... e era. A jogabilidade é extremamente simples, os puzzles irritantemente condescendentes, e a história é uma mão cheia de nada. Não sei para quem é que este jogo foi feito: os jogadores mais experientes não encontrarão aqui um gancho para os prender, e os jogadores mais novos vão adormecer antes de passarem pelas longuíssimas cutscenes do tutorial.

Como não bastasse, o jogo está apinhadinho de bugs. Bugs, bugs, e mais bugs, ao ponto de eu ter deixado o jogo a meio, não por amor próprio, mas porque um softlock está a barrar a minha progressão - uma das melhores bençãos que o meu anjo da guarda me dirigiu na vida. Ainda me verão a falar mais de The Plucky Squire; o meu desprazer é demasiado para se ficar por este pequeno excerto. 




Filipe Martins - Dragon's Dogma II

Dragons Dogma 2 foi, para mim, a grande desilusão de 2024. Depois de tanto tempo à espera de uma sequela que superasse o original, o jogo chegou com promessas, mas não conseguiu atingir totalmente as minhas expectativas. Como mencionei na análise fora d'horas aqui, alguns aspetos do combate que me encantaram no primeiro jogo pareceram menos inspirados e repetitivos.

Embora o jogo não tenha atingido o auge que esperava, também não considero uma total falha. Algumas mudanças na narrativa e nas mecânicas trouxeram novos contextos e deram vida ao mundo, o que ajudou a aliviar a desilusão. No geral, Dragons Dogma 2 merece mérito, mas acabou por ficar um pouco aquém do potencial que eu esperava, merecendo aqui este meu destaque.

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Digam-nos de vossa justiça! Concordam com as escolhas dos nossos redatores? Há algum jogo que vos tenha desiludido tanto que, na vossa opinião, mereça destaque e que não tenhamos referido ao longo deste artigo? Partilhem connosco as vossas opiniões, e enriqueçam esta discussão!

Introdução por Filipe Castro Mesquita
Edição de Texto por Tiago Sá
Thumbnail e Imagens de Texto por Carlos Cabrita
GameForces Awards 2024 - Maior Desilusão do Ano GameForces Awards 2024 - Maior Desilusão do Ano Reviewed by Tiago Sá on dezembro 30, 2024 Rating: 5

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