Análise | Red Dead Redemption - Um sólido port vindo do Velho Oeste


Red Dead Redemption chega finalmente ao PC, catorze anos depois do seu lançamento original em 2010.

Este título é um jogo de ação-aventura desenvolvido pela Rockstar Games e originalmente lançado para a Playstation 3 e Xbox 360.

A narrativa do jogo desenrola-se no início do século XX e segue a história de John Marston, um ex-fora da lei que é forçado pelas autoridades a caçar os antigos membros do seu gangue, embarcando numa jornada cheia de desafios morais e confrontos violentos. Com o objetivo de reunir novamente a família e na procura de redenção, atravessa o vasto e imersivo território do Oeste Selvagem onde enfrenta bandidos, autoridades corruptas e outros personagens sombrios enquanto luta com o seu passado.



Mesmo catorze anos depois, Red Dead Redemption não deixa de ser o jogo incrível e fortemente elogiado que foi na altura, devido à sua história, mundo imersivo cheio de vida e atenção ao detalhe.

O jogo apresenta um mundo aberto expansivo, com ciclos dinâmicos de dia e noite e clima variável, repleto de atividades secundárias como caça, tiroteios, duelos e missões de resgate, além de um enredo envolvente que mistura ação com temas como lealdade e sacrifício.

O cenário, que inclui desertos, montanhas e pequenas vilas decadentes, é complementado por uma banda sonora marcante capaz de recriar a atmosfera dos clássicos filmes de faroeste.

Lembro que a Rockstar Games produz também o enorme sucesso que são os jogos Grand Theft Auto que, por norma, se desenvolvem em grandes cidades modernas inspiradas em cidades reais como Nova Iorque ou Miami e portanto temos aqui dois títulos de peso com características temáticas bastante diferentes mas muito bem conseguidas.



A adaptação das mecânicas tanto de exploração como de combate típicas de um jogo de mundo aberto para o contexto do Velho Oeste foi também feita de forma sublime.

O sistema de tiroteios com coberturas destaca-se pela famosa mecânica Dead Eye, que permite desacelerar o tempo durante alguns segundos e marcar múltiplos alvos para tiros rápidos e precisos, uma característica inovadora que aumentava a tensão durante o combate.

Outras mecânicas introduzidas e bem conseguidas são os sistemas de honra e fama, onde as nossas escolhas influenciam a reputação de John Marston e a reação dos NPCs à nossa presença, ou significar alguns descontos nas diversas lojas.




Outra mecânica central do jogo é a gestão de cavalos e com o tempo que vamos passar a explorar e a atravessar o mundo de Red Dead Redemption este animal torna-se imprescindível.

Cada um possui velocidade ou resistência que podem ser melhoradas com o tempo e uso. Quanto mais utilizarmos um cavalo mais forte este se torna e na eventualidade do mesmo morrer num tiroteio podemos simplesmente tentar capturar e treinar um novo ou roubar a um NPC tendo algum impacto na nossa honra.




Sendo um port original da Playstation e da Xbox, a adaptação para teclado e rato está bem feita à exceção da necessidade constante de clicar no botão de sprint (por defeito é o Shift que dá direito a Teclas Presas!). Apontar e disparar com o rato é um sonho, temos uma precisão acrescida quando comparada com um comando de consola.

Mas nem tudo é um mar de rosas e, na minha opinião, uma simples melhoria na qualidade gráfica, e a adição de tecnologias como HDR ou DLSS e suporte para ultra-wide (não me interpretem mal, são adições necessárias e bem-vindas) não trazem Red Dead Redemption para o mesmo nível de qualidade de um jogo atual. No entanto, esta versão remasterizada não deixa de ser um excelente jogo e uma boa aposta com mais de 20 horas de diversão!

Acrescento ainda que esta versão vem já com a expansão Undead Nightmare, que não tive ainda oportunidade de experimentar, e com conteúdo da edição Game of the Year mas não vem com conteúdo multijogador, o que pode ser um fator decisivo para alguns.



Este título foi jogado em PC, e sendo pouco mais do que um port com uma ligeira otimização gráfica da versão origina lançada em 2010 este jogo corre às mil maravilhas.

Num computador com 32Gb de RAM, um processador i7-9700K e uma gráfica RTX 2070, uma resolução de 1440p e com as definições sempre no máximo em todos os parâmetros aliadas à tecnologia de DLSS em Quality, consegui sempre manter uma taxa de fotogramas acima dos 144fps.

Ocasionalmente, pegava no meu portátil que tem uma GTX 1060 e mesmo perdendo o acesso ao DLSS, a performance mantinha-se estável nos 90~100 frames por segundo.




Conclusão

Red Dead Redemption é uma obra-prima do género de mundo aberto que combina uma narrativa profunda com um mundo imersivo e repleto de detalhes.

O jogo não só oferece uma experiência rica em ação e aventura como também uma forte reflexão sobre as escolhas que fazemos e as suas consequências.

Um título que aconselho a todos os jogadores, e um claro marco no desenvolvimento dos jogos modernos. A sequela (que na verdade é uma prequela) Red Dead Redemption 2 é um excelente exemplo dessa evolução. Joguem!


O Melhor

  • Narrativa cinematográfica;
  • Mecânica de Dead Eye e combate em geral;
  • Suporte Ultra-Wide.


O Pior

  • Necessidade constante de clicar na tecla de sprint;
  • Ausência de conteúdo multijogador;
  • Upgrade gráfico necessário mas aquém do mercado atual. 


Pontuação do GameForces: 8.5/10


Título: Red Dead Redemption
Desenvolvedora: Rockstar Games, Double Eleven
Publicadora: Rockstar Games
Ano: 2024


Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Steam, através de um código gentilmente cedido pela editora.

Autor da Análise: Ricardo Neves

Análise | Red Dead Redemption - Um sólido port vindo do Velho Oeste Análise | Red Dead Redemption - Um sólido port vindo do Velho Oeste Reviewed by Ricardo Neves on novembro 12, 2024 Rating: 5

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