Já há muito que era esperado que One Piece Odyssey iria ter uma expansão de história, pois pouco tempo após o seu lançamento foram revelados inúmeros trailers alusivos a esta. O que não esperávamos é que esta estivesse disponível em menos de 5 meses! Intitulada de Reunion of Memories, esta expansão continua exactamente de onde o jogo base nos deixou, trazendo continuidade aos acontecimentos do mesmo, incluindo até 4 novos capítulos à história principal.
A história surge durante as celebrações e o merecido descanso dos nossos heróis, após a grande batalha final do jogo principal (sim, por diversas razões torna-se essencial terminar a história do jogo principal antes de jogar à expansão). A expansão começa com a aparição de uma personagem bastante misteriosa, que se assemelha bastante a Lim, uma das novas personagens deste jogo, mas apresenta-se com vestes escuras e uma postura mais misteriosa. O desenrolar dos eventos leva os nossos protagonistas para Alabasta, novamente, mas com a memória ainda mais alterada do que da última vez. Reunion of Memories acrescenta e confunde um pouco mais, de certa forma, a história que outrora já nos fora contada em Janeiro e acrescenta ao gameplay, algumas modalidades e desafios novos.
Para além de Alabasta o jogo leva-nos também para outros locais como Dressrosa, Enies Lobby e Water 7, ou seja, nada de novo em comparação com o jogo base. Contudo, em todos os locais a história encontra-se ainda mais alterada do que estava antes e a aventura torna-se, de certa forma, completamente nova e única. Contamos com a presença de inimigos e companheiros que nada a têm a ver com o espaço temporal ou local que nos encontramos.
Como foi referido anteriormente, esta expansão deve ser jogada apenas após terminarmos o jogo base, pois a sua dificuldade é bastante elevada (algo que é bastante visível até nos combates contra os inimigos mais básicos). Um aspecto que foi acrescentado nesta expansão é as informações sobre os combates que vamos ter, ou seja, antes de cada combate são apresentadas as suas condições especiais, assim como o nível mínimo recomendado. Algumas das condições especiais passam pela forma de terminar a luta com alguma personagem em específico ou até alguns atributos melhorados que o inimigo apresentará. Desde cedo tivemos o problema de necessitar voltar ao jogo base para aumentar o nível das personagens antes de avançar na expansão, revelando uma necessidade objectiva de grinding para poder desfrutar deste conteudo adicional.
Outro aspecto melhorado foram as interacções durante as missões: Agora surgem momentos em que temos de utilizar determinadas personagens para falar com certos NPCs. Exemplificando, um NPC que mencione que não quer falar mais com humanos, evoca a necessidade de utilizarmos Chopper para conversar com ele. Este é um detalhe interessante que até poderia ter sido utilizado no jogo base. Por outro lado, foi-nos retirado o open world... sim, não estão a ler mal!
Ao contrário do que nos foi apresentado em Janeiro, desta vez são poucas as vezes em que andamos pelo gigantesco mundo. Muitas vezes, simplesmente assistimos a cutscenes ou a diálogos entre as personagens, surgindo onde as personagens se deslocaram. Em contrapartida, foi adicionada uma mecânica de escolhas na qual podemos escolher entre dois caminhos possíveis em determinadas situações. Ainda que essas escolhas não alterem de todo o desenrolar da história, o jogo contém dois finais.
Outro aspecto de relevo nesta expansão é o aumento significativo de personagens, com a sua presença em lutas de bosses contra nós ou até mesmo como personagens suporte. Ainda assim, um aspecto que não conseguimos deixar de realçar é o quão chatas se podem tornar as lutas contra bosses. Em todas estas, os inimigos efectuam uma habilidade especial que basicamente faz com que surja um cubo de memoria vermelho. Nestas ocasiões torna-se impossível atacar o inimigo, somente podemos atacar o cubo. O problema é que o jogo avisa-nos que temos de destruir o cubo dentro de um número fixo de rondas, mas devido ao pouco dano que conseguimos infligir ao cubo torna-se extremamente difícil concluir este objectivo. Se, por ventura, conseguirmos destruir o cubo, recebemos um bónus de XP no final do combate, caso contrário o inimigo efectua um ataque ou habilidade especial que nos mata instantaneamente ou atrapalha-nos. É portanto uma mecânica que torna as batalhas muito mais absolutas e que retira muito da habilidade com que abordamos o boss.
Por fim, abordando um pouco a componente audiovisual, a expansão apresenta um desempenho sólido. Fundamentalmente, continuamos com uma prestação e qualidade gráfica igual ao que já nos foi apresentado no jogo base. No que se refere à banda sonora, esta não sofreu qualquer alteração ou foi acrescentado alguma música nova.
Conclusão
O melhor:
- Mais personagens presentes no jogo;
- Novas formas de interação com o meio ambiente;
- Maior dificuldade para derrotar os inimigos;
- Multiplas escolhas e vários finais.
O pior:
- Não foram acrescentados novos mapas;
- Lutas de Bosses repetitivas;
- Adeus mundo aberto.
Autor da Análise: Carlos Cabrita
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