2022 terminou... soube a pouco não foi? Apesar de tanta coisa ter acontecido e com tanto lançamento de peso, sinto que este ano passou mesmo a correr. Como é óbvio, como um gamer tive as minhas diversas experiências com os video-jogos, algumas boas, outras piores, mas posso dizer com toda a certeza que foi um ano, de forma geral, positivo.
Vou ser muito sincero, estou cansado da universidade. Pronto, agora que já libertei este comentário posso proceder com a minha opinião sobre 2022. De uma forma geral, este ano foi muito superior a muitos que tivemos anteriormente, com apenas uma pequena quebra em termos de qualidade de lançamentos a meio do ano. Se joguei a algum título de peso?... Já vos disse que estou farto da universidade?
Exato, o meu tempo foi escasso e no meio de tantas correrias poucos foram os títulos que joguei do inicio ao fim e que realmente tenham sido lançados em 2022. Contudo o pouco que joguei trouxe-me diversas horas de diversão e sentimentos que nem eu sabia que tinha. Mas sem mais delongas, vamos dar início ao nosso artigo.
MELHOR PERSONAGEM
Ok, isto pode ser polémico mas deixem me começa pelo inicio. Sem dúvida que New Tales From the Borderlands foi uma desilusão para muitos e de certa forma, para mim inclusive. Depois do "jogão" que foi o primeiro título, a Gearbox Software tentou agarrar em algumas ideias provenientes do título da Telltale Games e oferecer uma sequência, que apesar de ser desejada, não foi aquém das nossas expectativas. Contudo, apesar da história e do gameplay serem medíocres, as personagens são perfeitas e não podia deixar de parte o fantástico L0U13, o adorado robô assassino que apresenta uma enorme evolução ao longo da narrativa e nos faz dar umas boas gargalhadas. Em segundo lugar coloquei o Kratos e antes que fechem este artigo deixem-me explicar!
Kratos é um clássico e para muitos, esta "nova" versão dele que nos foi apresentada em 2018 é a versão mais madura, humana e real da pessoa que ele é. Como pessoa e "humano" Kratos evoluiu muito desde o primeiro título desta nova jornada até esta. A mudança e a evolução é visível a olhos nus e sem dúvida que é algo incrível... mas o Thor... deixem-me contar-vos. God of War Ragnarok fez me sentir com o coração aos saltos e com um entusiasmo de um miúdo de 7 anos a ver Dragon Ball como fui há uns anos. O sentimento de sentir a presença dele a aparecer no jogo, assim como toda a forma como ele foi apresentado traz à personagem um peso enorme e é por isso que eu considero-o o meu TOP 1 de melhores personagens deste ano.
MAIOR DESILUSÃO
De uma forma geral, como já referi diversas vezes ao longo deste artigo, o ano de 2022 foi bastante positivo no que se trata da qualidade dos seus lançamentos, contudo existem sempre algumas pérolas que conseguiram-me desiludir bastante.
Começamos esta lista com New Tales From the Borderlands, que infelizmente não conseguiu "chegar aos calcanhares" do título anterior. História bastante fraca e curta, personagens que vão do 8 ao 80 e um gameplay quase que inexistente fez com que este fosse um dos piores jogos deste ano. Em segundo lugar coloquei Overwatch 2 e a única razão é o facto do jogo não adiciona praticamente nada de novo neste novo título. Foi uma sequela que, apesar de não ter jogado muito ao primeiro jogo, transmitiu-me a ideia de que estava a ter um "deja vu", algo que não se espera de uma sequela daquele que foi o jogo do ano. Por fim e sem alongar muito deixei Dragon Ball The Breakers. Quem teve a ideia de adotar um novo género de sobrevivência é um génio, contudo o produto foi algo fraco e repetitivo o que causou a morte rápida ao mesmo. Dragon Ball The Breakers, podias nunca ter visto a luz do dia.
Melhor Banda Sonora
Se há coisa que adoro é jogar com uns bons headphones e conseguir apreciar todos os sons e trilhas sonoras e entrar por completo na atmosfera do jogo. Por isso mesmo não consigo falar desta categoria sem mencionar o mais recente lançamento da série Call of Duty. Foram inúmeras as vezes que senti realmente num ambiente de guerra e toda ação à sua volta nos diversos momentos frenéticos do modo campanha do mesmo.
Outro jogo que me surpreendeu em diversos aspetos inclusivé na trilha sonora foi o Cult of the Lamb e deixem que vos diga... que obra prima em todos os aspetos. A melodia que o jogo nos apresenta "encaixa" perfeitamente tanto nos momentos mais pacíficos em que estamos na nossa vila, como quando partimos na aventura nos mais sombrios trilhos das florestas. Por fim, não haveria outra opção para além de God of War Ragnarok. Sobre este jogo já não há muito a falar, é uma autêntica obra de arte em todos os aspetos. A frânquia sempre nos habituou com excelentes bandas sonoras desde o seu primeiro título e este último não fugiu à regra.
Melhor Narrativa
Apesar de ser um pouco “lerdo” e muitas vezes terminar os jogos sem perceber a 100% a sua história, consigo perceber quando as mesmas são de se tirar o chapéu e esta secção vai para esses títulos. Começamos então no terceiro classificado com "The Callisto Protocol", um lançamento que apesar de ter sido lançado já no final de 2022, tem uma narrativa que apesar de simples, é contada de uma forma genial e bastante apelativa. Com diversas cutscenes, e momentos de suspense, este título merecia sem dúvida alguma ficar neste Top 3. Com a medalha de prata fica Call of Duty Modern Warfare 2, graças à sua brilhante campanha que, tal como mencionado por mim na sua análise, consegue fazer os jogadores acharem que estão a ver um filme autêntico. Repleto de emoções, reviravoltas e momentos que nos deixam de boca aberta. Por fim e mais uma vez, dou o primeiro lugar ao God of War Ragnarok. Sem dúvida que mesmo sendo este um dos (na minha humilde opinião) piores jogos da franquia pela sua falta de novidades no seu gameplay, a sua história por outro lado descreve-se por uma única só palavra: Perfeita. Foram inúmeros os momentos em que eu não sabia como reagir ou como comentar o que estava a presenciar e se calhar foi dos poucos títulos em que consegui realmente esquecer tudo o que estava à minha volta e focar-me a 200% no que a minha televisão transmitia.
Melhor Direção Artística
Se há algo que os jogos têm melhorado bastante foi na sua qualidade artística. Ao longo destes últimos anos, temos presenciado inúmeros jogos com uma direção de arte única, quer pela sua qualidade e número de detalhe ou pela sua maneira de se diferenciar de todos os outros. Com isso, coloquei então no terceiro lugar Sifu, um jogo indie que apresentou-nos aspectos visuais bastante bem trabalhados e se calhar alguns únicos que trouxeram imensa imersão a todos os combates que nele experienciamos. Em segundo lugar coloco God of War Ragnarok… acho que já não existe muito por onde elogiar este jogo. Todos os pormenores dos mapas, das personagens e até mesmo dos inimigos estão a um nível acima do normal. Por fim e por surpresa de muitos eu coloco Gran Turismo 7. É impossível falar de qualidade gráfica sem mencionar aquele que por mim foi dos jogos mais lindos que alguma vez joguei. Os detalhes tanto do exterior como do interior dos veículos, os pormenores da chuva a escorrer pelo vidro, a iluminação entre outros inúmeros pormenores fizeram-me sentir como se estivesse realmente dentro dos carros. Sem dúvida é um dos jogos com mais pormenores em termos gráficos que alguma vez experienciei.
Melhor jogo do Backlog Limpo
Finalmente entramos numa secção fácil para mim, isto porque sempre fui pessoa de acumular muitos jogos e ir jogando aos poucos, porém muitas vezes alguns anos após os seus lançamentos. Em terceiro lugar coloco o Overcooked: All you can eat, que para os menos informados, trata-se de uma versão melhorada do primeiro e segundo jogo da série Overcooked. Eu nunca tinha experimentado nenhum destes jogos, a minha namorada sim e decidimos então arriscar a nossa amizade e relação e jogarmos juntos os dois títulos. Posso dizer que a experiência foi bastante agradável e que, apesar de ser um jogo por vezes frustrante, diverti-me imenso a jogá-lo.
PS: Conseguimos acabar os dois jogos sem discutirmos (muito).
Em segundo lugar coloco o Days Gone e antes de ires a correr ofender-me na secção de comentários deste artigo deixa-me explicar. Days Gone foi um jogo no qual eu tive muitas dúvidas em relação à sua qualidade quando nos foi revelado e por isso não o comprei de imediato no seu dia de lançamento. Acontece que cheguei a comprá-lo em promoção em 2021, porém somente o experimentei em 2022 quando reparei que estava disponível de forma gratuíta para quem tinha Playstation Plus. Foi um jogo que foi muito além das minhas expectativas. Tanto em termos de combate, exploração e história, esperava algo muito inferior ao que nos foi oferecido. Se me arrependo de não ter jogado mais cedo? Óbvio.
Por fim e em primeiro lugar está o Yakuza Kiwami 2, sendo eu um enorme fã da série Yakuza, acho vergonhoso somente ter jogado a esta obra de arte em 2022. Infelizmente sendo também, para além de parvo, um pseudo colecionador de troféus, fiquei pelo Yakuza Kiwami e o Yakuza 0 e tentei platinar ambos, algo que ainda hoje está por fazer. Yakuza Kiwami 2 é lindo e a sua história está extremamente bem desenvolvida mesmo com os motores gráficos que a série adotou. São inúmeras as semelhanças com o título original lançado para Playstation 2 e a exploração das cidades está bastante evoluída em comparação aos títulos anteriores.
Melhor Indie
Arrisco-me a dizer que este ano joguei mais jogos indie do que AAA. Foram inúmeros os jogos desta categoria que experimentei, desde Infernax, Olli Olli World e até Souldiers. Contudo nenhum destes chegou à qualidade que os do Top 3 alcançaram. Em terceiro lugar coloco o Goat Simulator 3, um título que não… em termos de qualidade está muito inferior aos títulos que mencionei anteriormente, contudo o seu gameplay está bastante mais apelativo e inovador, com bastante destruição, novas possibilidades, um mundo aberto enorme e acima de tudo muito humor e referências à mistura.
Em segundo lugar fica Cult of the Lamb, que já foi mencionado diversas outras vezes ao longo deste artigo. Cult of the Lamb é a mistura perfeita entre dois géneros de jogo, o género de rogue-like e de manutenção de recursos e de uma vila. Toda a sua mistura entre o fofinho e o diabólico faz com que este seja um título único e completo para quem gosta de um destes géneros.
Por fim, não podia ser outro para além de Stray. Se houve um jogo que me chamou à atenção desde o seu primeiro trailer, foi este. Stray não é somente bom por adotar uma mecânica nova de controlar um animal, mas sim pela qualidade do produto final, tanto do gato, como de todo o ambiente envolvente. As inúmeras cores e todos os pormenores ao longo do mundo fizeram com que esta decisão fosse bastante simples.
Jogo do Ano
Por fim, o mais desejado Top 3 do ano. Aquele que nos faz ficar ansiosos pelo final do ano. O melhor jogo do ano. Em terceiro lugar eu coloquei o Stray. A paz que me transmitiu este jogo foi única. Apesar de todos os momentos imersivos que o jogo apresenta, no final conseguia sempre ficar em paz com a suavidade e a beleza do jogo. As mecânicas do gato estão simplesmente perfeitas e os criadores conseguiram fazer com que a nossa “personagem” ficasse tão semelhante quanto aos felinos fofinhos que vivem connosco.
Em segundo lugar coloco um título que para muitos pode causar polémica, mas para mim merece a 200% este lugar, esse jogo é o Call of Duty Modern Warfare 2. Eu sei que os jogos deste género não podem ser baseados somente no seu modo multiplayer e é mesmo aí que quero chegar com esta decisão. Call of Duty Modern Warfare 2 foi para mim o melhor Call of Duty que alguma vez joguei. A campanha está incrível e representa muito bem o que seria uma guerra urbana nos dias de hoje e a sua narrativa está melhor do que alguma vez nos foi apresentada. Para além disso o seu multiplayer é bastante apelativo, viciante e bem feito. Admito que fiquei até mais viciado no modo multiplayer do que na campanha em si, de tão bom que é.
Por fim, e sem grandes surpresas, o melhor jogo do ano vai para o God of War Ragnarok. Acho que já referi tudo o que havia a referir sobre este jogo. O sentimento que esta nova aventura do Kratos nos transmitiu foi algo que nunca tinha sentido, os seus aspectos audiovisuais são de ficar de boca aberta e todo o seu gameplay está simplesmente apelativo e bem trabalhado.
Esta escolha de uma forma geral não foi muito difícil, acho que nenhum jogo que eu tenha jogado chega aos calcanhares do God of War.
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