Para celebrar o 4º aniversário da GameForces e como anunciado na publicação de domingo (que podem ler aqui e participar no nosso passatempo) decidimos criar artigos de opinião sobre um jogo que outro redator analisou, mas que nós também degustamos. Decidi então falar-vos "novamente" de Tales of Arise. Se por ventura não tiveram a oportunidade de ler a análise inicial do Carlos Silva, convido-vos primeiramente a fazê-lo através deste link.
Quando decidimos analisar algum jogo, apesar de obviamente desfrutarmos da experiência (ou não, caso algum seja uma desilusão), estamos também concentrados em vários pormenores que achamos oportunos os nossos leitores saberem para terem uma opinião informada caso estejam na duvida de adquirir o jogo. Pois bem, enquanto o meu colega estava debruçado sobre esses pontos eu pude relaxadamente desfrutar desta que foi a ultima entrada na serie Tales of!
Tales of.....
Desde pequeno que tive um fraquinho por RPG'S e ligado ao meu interesse por Anime, os RPG's japoneses por norma criam em mim automaticamente um brilho nos olhos. Apesar de não ter tido oportunidade de jogar todos os jogos da série (e que já vai em 17!), os títulos que consegui deixaram-me completamente agarrado ao comando. Apesar de algumas similaridades entre eles, uma vantagem da saga Tales é que, em termos de história, não estão interligados entre si, portanto podem ser apreciados individualmente. Se quiserem começar com o título mais recente, podem-se apaixonar por este estilo particular e depois experimentar outros títulos anteriores (claro que terão que ter em mente que não terão certas melhorias que este novo trás mas que não influencia a apreciação dos mesmos).
Da saga Tales, guardo com carinho Tales of Vespiria, Tales of Zestiria, Tales of Berseria e "agora" desde setembro de 2021 Tales Of Arise!
Arise!
A história do nosso protagonista começa bastante misteriosa, com uma máscara, e sem memória num mundo envolvido em conflitos políticos, onde várias nações tentam-se sobrepor umas às outras. No decorrer do nosso enredo vamos ganhando aliados e acabamos por descobrir mais sobre o passado do nosso herói que, de uma maneira bem escrita, está interligado com o que se passa no mundo e toda a injustiça que se cria em volta das guerras entre nações. Não é de fato uma história original (ainda mais se considerarmos alguns jogos da série Tales, onde a premissa é bastante semelhante), mas está cativante e tem plot twists inesperados e intrigantes que nos fazem estar atentos do início ao fim do jogo.
E novamente equiparando com títulos anteriores da série, onde as mecânicas de combate são bastante semelhantes, foram adicionados alguns componentes novos, dando uma cara nova a Tales of, que tornou algo já de si bom, em algo melhor. A facilidade em usarmos as Arts do nosso personagem bem com o resto dos membros da nossa equipa e mesmo programá-las trouxe uma fluidez ao combate que prevalece sob os jogos anteriores da série.
Os cenários são vibrantes, com contrastes de cor apelativos e que acentuam a experiencia visual que Tales of Arise nos trás. Num contexto mais especifico, podemos exemplificar com níveis de gelo, trazem uma palete de cores que nos fazem imergir nos cenários e sentir a atmosfera mais fria por onde a nossa equipa passa. Já níveis onde predominantemente o fogo , o calor das cores é quase palpável.
Continuando a falar de cenários, apesar de não ser um Open World, os mapas são suficientemente grandes para podermos explorar e com detalhes bastante interessantes que não criam um sentimento de rotina ao percorrê-los, o que para mim, que sou aquele tipo de jogador que vai ver todos os cantinhos, fiquei empolgado com este aspeto.
Apesar de o meu colega, na análise original já ter mencionado, tenho também de mencionar a alteração que foi feita aos skits. Já faz parte da personalidade da série Tales existirem este tipos de "cutscenes", que mostram diálogos entre membros da nossa equipa, muitas vezes introduzindo partes cómicas das personalidades dos mesmos. Mas com carácteres distintos entre eles, promovem interações bastante interessantes, se bem que volta e meia surgem aqueles cliches habituais da cultura nipónica, já tradicionais neste tipo de jogos. Em títulos anteriores, estes skits, pelo aspeto gráfico, acabavam por se tornar aborrecidos, mas agora, com um upgrade que surge em modo de banda desenhada, prendem-nos e acabamos por ficar expectantes para o próximo.
De fato, e passado 5 anos desde a última entrada com Tales of Berseria em 2016, a Bandai Namco fez o seu trabalho de casa, e trouxe uma roupagem nova e melhorada a uma série com base firmada. Não fez revoluções, mas onde mexeu, acertou em cheio. Esperamos agora que não tenhamos que ficar 5 anos à espera do próximo Tales!
Tal como o meu colega Carlos Silva fez dando a nota final GameForces 9.0, não posso deixar de recomendar Tales of Arise para não só fãs de role playing games mas também para qualquer jogador que procure algo cativante e que seja uma boa experiencia para nos prender de inicio ao fim!
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