Norman Reedus a chorar porque sabe o que está a fazer aos jogadores de Death Stranding (e porque provavelmente haverá uma sequela) |
Eu, quando me apercebi do que ia ser a experiência de Death Stranding |
Eu, quando alguém me diz que Death Stranding é um bom jogo |
Eu, quando alguém me diz que também não gosta de Death Stranding |
E não me venham com a história de que “é
suposto ser difícil,” porque “a humanidade está sempre desunida” ou porque “é
suposto ser uma experiência contemplativa,” ou ainda porque “está a tentar introduzir
algum realismo na tarefa hercúlea do protagonista!” Sabem o que pode fazer a
essas desculpas? Podem e- Nota editorial:
Filipe, não toleramos insultos, muito menos dirigidos aos nossos leitores!
Nada justifica (e agora imaginem-me a gesticular erraticamente na direção de
uma caixa do jogo) isto! Não me diverti durante um único segundo da travessia
pelo mundo, e ao concluir uma missão nunca rejubilava – só gritava “Finalmente,
f-” Nota
editorial: NÃO, FILIPE!
“Ah, mas então e os veículos que, às
tantas, podes usar?” Sim, os mesmos que parecem feitos de papel molhado? E que
são mais difíceis de manobrar do que um camião TIR nas ruelas apertadas da
baixa pombalina de Lisboa? Sim, são ligeiramente menos frustrantes do que
colocar aleatoriamente mal o pé e escorregar por uma montanha abaixo, mas
continuam a não ser minimamente divertidos. A quantidade de vezes que uma mota
ficou sem energia quase exatamente a meio do percurso, e a inutilidade destes
veículos (mesmo dos pequenos reboques que podemos usar) nas áreas do mapa que
são mais acidentadas e, portanto, mais intoleráveis, tornou sempre estas opções
muito limitadas e quase nunca viáveis.
Nem o combate se safa da minha fúria, muito honestamente. Nem é pelas mecânicas serem más, são divinas quando comparadas com o resto – o problema é coordená-las com esse resto. O cuidado que temos de ter com o terreno não é minimamente atenuado, e se levamos um soco de um inimigo humano ou uma patada de um dos monstros sobrenaturais, lá se podem ir todas as caixas que carregamos connosco. Disparar balas de sangue ou atirar granadas de urina até é giro, mas o risco de perder tudo o que transporto era sempre tão grande, que preferia sempre optar pela via furtiva. Mas mesmo nessa, um passo em falso e lá ia Sam a rebolar por uma colina abaixo que nem um f- Nota editorial: Acabaram-se os avisos, Filipe! E para de gritar censura enquanto puxas os cabelos, pareces uma criança birrenta!
Mas esperem, porque este é um jogo de
todo um novo género! Kojima inventou um jogo de “strands,” onde os jogadores se
ajudam mutuamente, construindo estradas ou colocando escadotes ou cordas pelo
caminho que são replicados nas campanhas de vários outros jogadores. Pois bem, ou
me calhou um servidor cheio de pessoas incrivelmente egoístas, ou um cheio de
pessoas bem mais inteligentes do que eu. Porque encontrei praticamente NADA feito.
Nas 30 e tal horas de jogo, devo ter encontrado 5 escadotes e um depósito com
uma quantidade mínima dos recursos necessários para construir uma estrada.
Portanto, ou o meu servidor estava cheio de pessoas que perceberam que o jogo
não valia a pena e pararam de jogar bem cedo, ou de pessoal à espera que alguém
fizesse tudo por eles, egoístas do c- Nota editorial:
Ok, chega, isto acaba aqui, não vamos deixar que o Filipe escreva mais.
Conclusões
Falando mais a sério, e posta toda a brincadeira do texto que acabaram de ler, não gosto de Death Stranding. Kojima é obviamente uma pessoa incrivelmente criativa, o que se nota nota não só pelo que fez durante décadas com Metal Gear, mas também por tudo o que colocou neste jogo para tornar todo o mundo e as suas personagens incrivelmente interessantes. Mas detesto jogos que me importunam em vez de me desafiar, e este é um deles. Adorei a história e todo o significado com que esta vinha carregada, as personagens e todos os desempenhos dos excelentes atores envolvidos, portanto claramente há aqui muito mérito. Mas não consigo mesmo atinar com as mecânicas de jogo, que me deixaram frustrado durante quase a totalidade das sequências jogáveis.
Espero que tenham gostado desta brincadeira,
que se tenham divertido com, da minha persona estilo Angry Video Game Nerd, e
todas as piadas que fui fazendo com as notas editoriais para que, ainda assim,
o texto ficasse “family friendly.” Ou seja, não, ninguém me censurou, faz tudo
parte da magia de produção. Lamento ter revelado o que se passa atrás da
cortina. Obrigado pela leitura e por todo o vosso apoio até agora, e espero que continuem a apoiar este projeto,
para que no 5º aniversário estejamos aqui a fazer coisas ainda mais loucas!
Imagem de Sonic 06, um jogo que acho melhor e que prefiro jogar em vez de Death Stranding |
Nem o combate se safa da minha fúria, muito honestamente. Nem é pelas mecânicas serem más, são divinas quando comparadas com o resto – o problema é coordená-las com esse resto. O cuidado que temos de ter com o terreno não é minimamente atenuado, e se levamos um soco de um inimigo humano ou uma patada de um dos monstros sobrenaturais, lá se podem ir todas as caixas que carregamos connosco. Disparar balas de sangue ou atirar granadas de urina até é giro, mas o risco de perder tudo o que transporto era sempre tão grande, que preferia sempre optar pela via furtiva. Mas mesmo nessa, um passo em falso e lá ia Sam a rebolar por uma colina abaixo que nem um f- Nota editorial: Acabaram-se os avisos, Filipe! E para de gritar censura enquanto puxas os cabelos, pareces uma criança birrenta!
Eu, quando finalmente cheguei aos créditos de Death Stranding |
Falando mais a sério, e posta toda a brincadeira do texto que acabaram de ler, não gosto de Death Stranding. Kojima é obviamente uma pessoa incrivelmente criativa, o que se nota nota não só pelo que fez durante décadas com Metal Gear, mas também por tudo o que colocou neste jogo para tornar todo o mundo e as suas personagens incrivelmente interessantes. Mas detesto jogos que me importunam em vez de me desafiar, e este é um deles. Adorei a história e todo o significado com que esta vinha carregada, as personagens e todos os desempenhos dos excelentes atores envolvidos, portanto claramente há aqui muito mérito. Mas não consigo mesmo atinar com as mecânicas de jogo, que me deixaram frustrado durante quase a totalidade das sequências jogáveis.
PS: Permitam-me terminar com uma nota de pesar e uma homenagem. Há alguns dias, faleceu Ryan Karazija, compositor e vocalista da banda Low Roar. Para quem não sabe, Death Stranding licenciou e utilizou várias das músicas post-rock e eletrónicas desta banda, que apresentam um som que sobressai graças às raízes islandesas dos vários elementos que a compõem. O resultado foi uma banda sonora distinta que complementa lindamente o mundo que a Kojima Productions criou. Que Ryan Karazija descanse em paz e que a sua família e amigos encontrem a força que precisam para lidar com este momento dificílimo. Em meu nome, e em nome da GameForces, enviamos um forte abraço a todos os que estão a sofrer com esta perda.
Pontuação
do Filipe – 5/10 Nota
editorial:
porque o obrigamos a ser ponderado
Título: Death Stranding
Desenvolvedora: Kojima Productions
Publicadora: PlayStation Studios
Ano: 2019
Autor
da Segunda Opinião (e da opinião correta): Filipe Castro Mesquita
Desenvolvedora: Kojima Productions
Publicadora: PlayStation Studios
Ano: 2019
Segunda Opinião | Death Stranding – Um Enorme Tropeção
Reviewed by Filipe Castro Mesquita
on
novembro 03, 2022
Rating:
Boa noite, em 1° lugar o seu comentário (livro) é mais extenso que o jogo
ResponderEliminarEm 2° aconselho-o a continuar a ver o psicólogo.
Em 3° aconselho-o a continuar a jogar fifas e wwe...
Fui!