Overwatch foi um dos maiores sucessos da última década e muito dificilmente encontramos alguém que não conheça este título. Desde a sua primeira beta até ao recente encerramento dos servidores, o jogo teve sempre fãs fieis à franquia que, por muito que tivesse deixado de receber atualizações, nunca desistiram da mesma. Mesmo com os seus altos e baixos, Overwatch conseguiu ser um sucesso de vendas e recebeu até o prémio de melhor jogo do ano em 2016.
Após o anúncio de uma sequela, muitas foram as teorias e as questões que os fãs colocavam em cima da mesa, isto graças ao receio que tinham de estragar a jogabilidade. Contudo, a Blizzard decidiu jogar pelo seguro e efetuou algumas alterações (mínimas) que conseguiram melhorar o jogo.
Em primeiro lugar, vale salientar que ao contrário do primeiro título, este segundo é totalmente gratuito tal como outros jogos do género, tendo apenas as skins, algumas personagens e outros extras bloqueados porém disponíveis para venda através de dinheiro do jogo ou através do GamePass, que dá acesso a diversos conteúdos de forma mais rápida. é de louvar a boa escolha que a Blizzard fez ao oferecer todas as personagens a quem tivesse conta no primeiro título, assim como a portabilidade de todas as skins e extras que possam ser usados, fazendo assim os fãs mais antigos voltarem a jogar com tudo que já tinham conquistado. Para quem nunca jogou ao primeiro jogo, terá de ter um pouco mais de paciência para conseguir desbloquear tudo no jogo.
Quanto à jogabilidade, não contem com grandes alterações ou reformulações. As equipas (nos modos de jogo em equipas) são formadas por 5 elementos com diferentes personagens jogáveis à nossa disposição. As personagens por sua vez, estão divididas em 3 classes, os Tanques, as de Assalto e os Healers. Os Tanques têm a função de defender a classe de assalto, causando grandes quantidades de dano aos inimigos e são os que têm maior quantidade de vida. Os Healers têm a função de curar, ressuscitar os colegas de equipa e providenciar diversos boosts. Por fim os de assalto têm a função de mexer com a velocidade do jogo e conseguir atacar os inimigos de forma estratégica e eficaz.
Os mapas continuam os mesmos, com a adição de alguns inspirados em cidades conhecidas (sem esquecer num mapa inspirado na nossa querida cidade de Lisboa) e os comandos também continuam os mesmos. Temos a possibilidade de disparar ou atacar consoante a arma da nossa personagem e utilizar as diferentes habilidades especiais que podem variar entre 2 a 3. Ao longo do jogo vamos preenchendo uma barra de energia que no final pode ser utilizada como ataque especial. Até aqui nada de novo.
A grande alteração realmente nota-se na escolha das classes pela equipa que desta vez "obriga-nos" a ter somente uma personagem "tanque" ao invés de duas como no título anterior. Nota-se também na quantidade de dano que as personagens da classe Assalto sofrem, o que faz os jogadores serem mais estratégicos e, até em alguns casos, optarem por se colocarem em posições mais escondidas.
Quanto às personagens, estas mantém-se as mesmas, com a adição de 3 novas, sendo que as mais antigas, todas estas receberam "novas" skins. Porquê as aspas perguntam vocês? Porque se formos colocar ambas as skins lado a lado reparamos que são praticamente iguais, em alguns casos só se nota um tom de cor mais escuro ou mais claro. Tirando isso, houveram também personagens que receberam alterações na quantidade de dano que causam e até mesmo uma mudança radical no nome de uma delas (neste caso foi a personagem Jesse Mccree, o famoso cowboy de charuto na boca, que agora chama-se Cole Cassidy).
Os modos de jogo mantém-se com a excepção do modo "Assault", em troca os criadores adicionaram o modo "Push" que consiste em carregar uma carroça desde uma posição até à base inimiga, algo que já existia noutros jogos como o tão polémico Paladins. Porém para além desse, existem outros modos, como o modo "ranked" que junta os jogadores mais profissionais em partidas que alteram a nossa classificação (rank) e diversos outros modos, estes intitulados de "Arcade". Dentro destes podemos salientar um modo semelhante ao "free-for-all" do Call of Duty no qual os jogadores lutam todos uns contra os outros. Os restantes modos de jogo são todos muito semelhantes e nunca têm muitos jogadores nos lobbies. Uma boa noticia para os fãs foi a adição do Crossplay entre plataformas, o que permite jogarmos com amigos mesmo que estes estejam a jogar no computador (no meu caso que jogava na Playstation 5).
Graficamente o jogo surpreende bastante e nota-se realmente a nova engine utilizada no desenvolver do jogo. Tanto as sombras, cores e mesmo os detalhes das personagens está tudo muito bastante bem feito. A música e efeitos sonoros mantém praticamente a mesma do título original. Quanto às vozes das personagens, não conseguimos avaliar pois as mesmas estão todas em Português do Brasil e não encontrei uma forma de colocar o jogo com as vozes em Inglês sem ter que alterar o idioma da consola, algo que não é justificável.
Não podia também deixar de salientar alguns problemas que tivemos com os servidores, aliás, na primeira vez que fomos tentar experimentar o jogo nem conseguimos iniciar o mesmo pois os servidores do jogo estavam em baixo e estamos a falar de 1/2 dias após o lançamento. Um jogo ter problemas de servidores logo após o seu lançamento não é bom sem dúvida. Esta situação foi agravada com os ataques que os servidores da Blizzard sofreram, mas que a editora já confirmou ter tomado as medidas necessárias para evitar novos acontecimentos similares. Entretanto, a situação parece estar mais estabilizada e não denotamos problemas de conectividade significativos, para além do ocasional crash e desconexão a meio de uma partida.
Conclusões
Overwatch 2 veio corrigir alguns problemas do primeiro título, melhorou os gráficos, a jogabilidade e trouxe algumas novas personagens. Os bugs que apresenta são corrigiveis e, apesar de chatos, não prejudicam a diversão que o jogo propõe aos jogadores. Se realmente era necessário lançarem um novo jogo ao invés de efetuarem apenas uma atualização? Não. Contudo o conteúdo está lá e realmente nota-se uma melhoria (minimamente) significativa em comparação com o primeiro título.
O melhor:
- Jogabilidade melhorada e bom uso da nova engine;
- Novas personagens bastante interessantes;
- Crossplay entre diferentes plataformas;
- A passagem para um jogo free-to-play.
O pior:
- Servidores com alguns problemas;
- Poucas mudanças nos visuais das personagens e nos mapas;
- A falta de modos de jogo novos;
- A impossibilidade de alterar o idioma do jogo através do menu opções do jogo.
Pontuação GameForces - 8/10
Título: Overwatch 2
Desenvolvedora: Blizzard Entertainment
Publicadora: Blizzard Entertainment
Ano: 2022
Desenvolvedora: Blizzard Entertainment
Publicadora: Blizzard Entertainment
Ano: 2022
Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Playstation 5.
Autor da Análise: Carlos Cabrita
Análise | Overwatch 2 - Overwatch 2 ou Patch 2.0?
Reviewed by Carlos Cabrita
on
outubro 20, 2022
Rating:
Sem comentários: