Jogos da PSP que Queremos na PS Plus Premium

Depois de meses, e meses, e meses de especulação, a reestruturação do serviço PS Plus foi finalmente anunciada. E se já esperávamos que este novo serviço fosse pescar à longa história de jogos que a PlayStation possui, este anúncio apanhou-nos de surpresa num detalhe - a inclusão de jogos da PlayStation Portable (ou PSP, como é mais comumente conhecida) no nível mais elevado do serviço. Como certamente terá acontecido com muitos dos que estão a ler estas palavras neste preciso momento, isto levou-nos a olhar para as nossas estantes e a pensar numa lista de desejos.

E é assim que chegamos a esta lista de jogos e séries que, se pudéssemos, pediríamos a Jim Ryan para incluir na PS Plus Premium, como uma criança escreve entusiasmadamente uma lista de brinquedos para pedir no Natal. Até porque a PSP, não sendo uma das plataformas portáteis mais populares, ostenta uma biblioteca de títulos de grande variedade e de grande qualidade. E assim cá vai, a nossa lista de jogos, séries ou conjuntos de títulos que queremos jogar nas nossas PlayStation 5 através da PS Plus Premium, já no dia 22 de junho.


Trio de Grand Theft Auto

E começamos por um trio de spin-offs de um dos franchises de videojogos mais aclamados – falamos dos três Grand Theft Auto que chegaram à PSP. Até porque neste trio encontramos duas facetas interessantes que expandiram o alcance desta série. Por um lado, temos Chinatown Wars que recuperou um pouco a direção estética dos primeiríssimos títulos lançados no final dos anos 90, oferecendo uma história fresca com personagens completamente novas. Por outro, temos uma dupla de jogos da subsérie Stories, que nos convidou a mergulhar novamente nos submundos criminais de Liberty City e Vice City, servindo de prequelas aos dois primeiros títulos em 3D originalmente lançados para a PS2 (recentemente remasterizados para as consolas modernas, facto cuja recordação temos de vos pedir desculpa).

Nenhum destes três jogos é particularmente brilhante para além de uma exclamação do género “Uau, conseguiram mesmo pôr estes mundos a correr bem numa consola portátil do início dos anos 2000!?”. Mas a exploração do passado da família mafiosa de Salvatore Leone, o aprofundar do conhecimento acerca da família de Lance Vance e o revivalismo nostálgico que as aventuras de Huang Lee proporcionaram – todas elas são experiências interessantes e que os maiores fãs de GTA quererão reviver. Nem que mais não seja para ver se todos tiramos o sabor amargo que a trilogia definitivamente não definitiva lançada no final do ano passado nos deixou na boca. Vá lá Rockstar, vocês precisam de uma vitória, tanto quanto nós precisamos destes jogos mais acessíveis. 


Daxter e Secret Agent Clank

Bem, se há aqui algum leitor mais assíduo das nossas listas deste género, já saberá duas coisas. Primeiro, que tem a nossa gratidão eterna, e que terá em nós um parceiro para karaoke quando quiserem. Segundo, que gostamos de cometer algumas pequenas, ligeiríssimas, pequeninas mesmo… batotas. E como não somos nada se não consistentes, cá está a nossa primeira batota para esta lista: Daxter e Secret Agent Clank não têm propriamente nada a ver um com o outro, a não ser serem fiéis companheiros de famosas mascotes da PlayStation. E, portanto, faz muito sentido aparecerem na mesma entrada de uma lista destas? Nem por isso, mas isso nunca nos impediu, portanto cá vamos nós!

Daxter conta a história do companheiro de Jak entre o final do primeiro jogo e o início de Jak II, apresentando-se como um jogo de aventura e plataformas bastante bem realizado e um dos jogos originais mais conceituados da primeira portátil da PlayStation. Já Secret Agent Clank não é um jogo tão conceituado, aproveitando a ideia das secções do pequeno robô presentes no terceiro Ratchet & Clank para criar um jogo completo, embora com mecânicas de combate implementadas. Entre estes dois, há claramente um jogo superior e que mais entusiasmará os jogadores, mas não podemos de deixar de querer que ambos cheguem à PS Plus Premium quando este serviço chegar. Até porque estes fiéis companheiros merecem mais reconhecimento do que costumam ter, e está aqui uma excelente oportunidade para tal.


Ambos os Burnout

Ahhh, e cá vamos nós para uma série que nos é tão, tão querida, e pela qual a EA inexplicavelmente parece ter ganho um desprezo muito pouco saudável. Qualquer pessoa que tenha sido um jogador minimamente assíduo na primeira década dos anos 2000 reconhecerá certamente o nome de Burnout. Se na PS2 tínhamos Burnout 3: Takedown e Burnout: Revenge a satisfazer os apetites mais destrutivos dos amantes de jogos de corridas de arcada, a pequenina PSP recebeu dois títulos surpreendentemente competentes no seu tempo de vida.

Primeiro, Burnout: Legends pegou nas mecânicas do terceiro jogo principal da série, e aplicou-as com sucesso a um título que reuniu vários veículos e pistas da trilogia original. Depois, tivemos Burnout: Dominator, um jogo simultaneamente lançado para a PS2, mas que foi nas nossas mãos que mais tempo passou. Juntos, estes dois jogos oferecem centenas de eventos espalhados por diversos modos de jogo apelativos. Se estes são os jogos Burnout que mais queremos poder jogar numa PS5? Admitimos que não. Mas se a sede é tanta que qualquer gotícula de Burnout nos dará mais alento nesta lenta travessia pelo deserto? Podem crer que sim. Por isso, EA e Sony, conversem bem, renovem as vossas juras de amizade, e dêem-nos isto. Por favor e obrigado!


Dois dos Final Fantasy

Vamos a mais uma pequena, pequenina, pequeníssima batota? Vamos a isso, e ao mesmo tempo, preenchamos as nossas quotas de JRPGs das nossas listas! Ora bem, chega de aplausos, e olhemos para dois jogos Final Fantasy, que aqui juntamos numa pequena batota porque em comum têm… apenas o nome do franchise a que pertencem, mesmo. Se são fãs da PSP, já devem ter percebido que falamos de Crisis Core: Final Fantasy VII e de Final Fantasy Tactics: The War of the Lions. Tal como água e azeite, não é? Como do dia para a noite, verdade? Ok, estamos a exagerar, até porque por muito diferentes que sejam as experiências do ponto de vista da jogabilidade, estamos perante dois dos jogos mais recomendáveis de todo o catálogo da humilde portátil da Sony.

Como o próprio nome indica, Crisis Core: Final Fantasy VII veio alargar a história do mundo onde todos vivemos a luta de Cloud contra Sephiroth, da AVALANCHE contra Shinra, e de Aerith contra todas as nossas lágrimas. Este RPG de ação colocou-nos na pele de Zack Fair, um SOLDIER parceiro de Cloud, e conta uma história essencial que desagua no início de um dos JRPGs mais aclamados de sempre. Já Final Fantasy Tactics: The War of the Lions é um RPG com combate por turnos mais… tático. Passado num contexto de fantasia medieval, este é um jogo com elementos de estratégia surpreendentemente profundos, que introduz novas mecânicas enquanto vai buscar ideias às origens de toda a série. Tal como ananás na pizza, muita gente torcerá o nariz quando juntamos ambos os jogos, preferindo apenas um ou outro em separado, mas os melhores de vós apreciarão ambas estas experiências tão diferentes, mas tão boas, juntas na mesma consola. Quase tão boas como ananás na pizza, de facto.


Ambos os God of War

Enquanto todos esperamos por novidades relacionadas com o tão aguardado God of War: Ragnarök, que tal uma pequena distração ou duas para nos aguçar o apetite? Sim, sim, bem sabemos que a sequela do aclamadíssimo God of War (2018) vai ser bastante diferente daquilo que os primórdios do deus grego mais zangado de sempre nos ofereceram, mas mal não faz, pois não? Claro que não, e por isso é que queremos ver Chains of Olympus e Ghost of Sparta disponíveis no nível mais caro do novo serviço da PS Plus logo no dia 22 de junho.

Ambos são jogos God of War extremamente competentes que adaptaram muitíssimo bem a fórmula a uma consola portátil com recursos bastante mais limitados. Embora as narrativas tenham uma importância questionável se olharmos para o panorama geral da demanda violenta de Kratos, a verdade é que são jogos de hack and slash bastante divertidos que aprofundam (ainda que muito ligeiramente) toda esta adaptação da mitologia grega aos videojogos. E por isso, se nos derem a oportunidade de reviver estas duas aventuras do deus grego que escolhe a violência todos os dias em que acorda maldisposto (e bem-disposto também, em boa verdade), não diremos que não queremos empunhar as suas famosas lâminas para rasgar monstros e deuses mitológicos uma vez mais.


Ambos os Pursuit Force

Ok, oiçam-nos lá. Leiam-nos lá? Não interessa, avancemos! A verdade é que houve muito pouca coisa verdadeiramente original a ser lançada exclusivamente para a PSP. Mas uma dessas coisas foi Pursuit Force, série de dois jogos que nos colocou na pele de uma força policial especializada em perseguição e combate veicular. Nestes títulos, somos impelidos a combater vários gangues a tiro durante perseguições a altas velocidades dentro de carros, motas, barcos ou até helicópteros, tudo isto na perspetiva da terceira pessoa.

O que é que distingue estes títulos de tantos outros jogos de ação? O facto de estarmos constantemente a abalroar os carros adversários com o nosso próprio veículo (em mecânicas não muito dissimilares das de Burnout) e de estarmos sempre a saltitar de veículo em veículo no meio de tudo isto, como se se tratasse de um mais violento e perigoso jogo de Frogger. Os jogos Pursuit Force são assim títulos únicos na sua incessante ação recheada de uma fluidez explosiva muito particular que não conseguimos encontrar em mais lado algum. Tanto que apenas podemos estranhar o facto de a Sony nunca ter experimentado migrar esta série de jogos para consolas mais potentes. Portanto, façam-nos um favor e ponham estes jogos disponíveis na PS Plus, sim? Juramos que vamos saltitar de alegria!


Power Stone Collection

Vamos a algo ligeiramente mais obscuro? Quem se lembra de jogar um par de arena brawlers chamados Power Stone na velhinha Dreamcast ponha a mão no ar! … Ok, isto claramente funciona melhor presencialmente do que por escrito, mas vamos assumir que apenas 5 ou 6 de vós puseram, de facto, a mão no ar, porque a Power Stone Collection foi um par de remasterizações que pouco agitou as águas da PSP. Mas não é por isso que deixa de merecer muito do amor e carinho que por aqui sentimos pelos jogos presentes nesta coleção!

E o que é que torna este par de jogos lançados originalmente no virar do milénio tão especial? Personagens com designs interessantíssimos e leques de habilidades únicos, arenas em 3D abertas e recheadas de itens para agarrar e utilizar em combate, poderosas pedras que, quando colecionada a terceira, nos transformam como se estivéssemos num qualquer episódio de Dragon Ball, e uma multitude de modos para experimentar. É o suficiente, não é? Pois bem, ainda hoje nos estamos a perguntar como raio é que estes jogos nunca saltaram da Dreamcast para nenhuma outra plataforma para além da PSP. E se a Sony e a Capcom quiserem levar as suas amizades connosco para novos patamares, a presença da Power Stone Collection na PS Plus Premium é a condição que impomos.


Resistance: Retribution

Se algum leitor se aventurou na nossa espetacular, incrível e imaculada lista de jogos da PS3 que queremos jogar na PlayStation 5 (e localmente, Sony, estamos fartos da tão falível tecnologia de cloud), saberá que somos adeptos de uma pequena série chamada Resistance. Pequena série esta que merece mais amor, tanto amor quanto recebeu na sua aventura exclusiva da PSP. Passando da perspetiva da primeira pessoa diretamente para a da terceira pessoa, Resistance: Retribution catapultou-nos de novo para um planeta Terra invadido de seres alienígenas conhecidos como Chimera.

Desengane-se quem ache que a mudança de perspetiva prejudicou uma experiência Resistance, porque Retribution recebeu louvores ao nível da trilogia principal quando chegou à primeira portátil da Sony em 2009. Ao adaptar muitíssimo bem as mecânicas de disparo à nova perspetiva, ao incluir uma história surpreendentemente pessoal com novas personagens, ao apresentar vários modos de jogo multijogador bastante apelativos, e ainda a hipótese de ligar o jogo a Resistance 2 na PS3 de modo a desbloquear um modo de história alternativo… de facto, Resistance: Retribution fez muita coisa bem. Portanto, quem é a Sony bonita que nos vai dar este jogo no catálogo da PS Plus Premium assim que o serviço chegar a Portugal, quem é? Ah, e de preferência com servidores online a funcionar de novo, por favor. Gratos!


Ambos os Syphon Filter

Upa, upa, vamos a uma viagem nostálgica, ao falar de uma série desaparecida há demasiado tempo – Syphon Filter! Mas não são jogos Syphon Filter quaisquer, que aqui só há pessoas com gostos requintados e atraídos por qualidade acima da média! Vamos falar dos melhores jogos de todo o franchise que, felizmente para a consistência narrativa desta lista, foram lançados para a PSP! Sim, estamos a falar de Syphon Filter: Dark Mirror e de Syphon Filter: Logan’s Shadow! E sim, vamos continuar a escrever esta entrada com frases exclamativas, quer faça sentido quer não! Porque menos sentido do que apenas usar frases exclamativas, é o facto destes jogos não estarem ainda disponíveis em qualquer uma das consolas mais modernas!

Syphon Filter: Dark Mirror é um jogo que esquece completamente o elo mais fraco que foi o quarto jogo desta série, e regressa às origens! Ah, pois é, regressamos às peles de Gabe Logan e de Lian Xing com a missão de investigar um incidente terrorista no Alaska! A jogabilidade de disparos da terceira pessoa funciona muitíssimo bem, tanto na narrativa como nos modos multijogador! E a sequela, Syphon Filter: Logan's Shadow avança a fórmula estabelecida com todo um novo sistema de física e com mecânicas de cobertura e disparo aprimoradas! Como é que não haveríamos de querer estas duas obras de arte em formato portátil na PS Plus Premium?! E sim, aquela última frase conta como sendo exclamativa!


Ambos os Metal Gear Solid

E terminemos com a incontornável série, e façam o favor de ler as palavras seguintes imitando a voz de David Hayter nas vossas cabeças, Metal Gear! Bem sabemos que a PSP foi a casa que recebeu os diferentes jogos Metal Gear Ac!d, mas não podemos deixar de considerar que jogar Portable Ops e Peace Walker são títulos bastante mais aliciantes para se jogar numa PlayStation 5. Até porque estes retêm a habitual e sempre louvável jogabilidade de ação e furtividade dos títulos principais, enquanto a subsérie Ac!d apresenta mecânicas de jogo à base de cartas bastante… razoáveis? Para além disso, ambos os MGS portáteis regressam à história de Naked Snake/Big Boss, o mais interessante dos protagonistas deste universo, portanto… sim, queremos estes.

Peace Walker quase que dispensa apresentações, sobretudo por ter sido um jogo incluído numa coleção de remasterizações posteriormente lançada para a PS3. Mas é uma experiência determinante para o grande arco narrativo de Big Boss, ao explorar os acontecimentos que levaram à criação de Outer Heaven e os antecedentes de Metal Gear Solid V. Portable Ops tem uma importância menos acentuada, mas é uma tentativa bastante bem-sucedida de adaptar a fórmula dos jogos principais a um ambiente portátil mais limitado. Ambos os jogos introduziram ainda elementos de jogo mais passivos e estratégicos que os distinguem do resto do franchise. Também por isto, são títulos que merecem estar mais acessíveis nas consolas modernas, e não haverá melhor oportunidade de o fazer do que a PS Plus Premium.


Artigo por: Filipe Castro Mesquita
Jogos da PSP que Queremos na PS Plus Premium Jogos da PSP que Queremos na PS Plus Premium Reviewed by Filipe Castro Mesquita on maio 04, 2022 Rating: 5

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