Quake Remastered - Uma Retrospetiva de Classe



Jogos como Doom e Doom Eternal fizeram furor nos últimos anos, ao conseguir atingir o patamar perfeito naquilo que se propõem, misturando uma jogabilidade frenética, acção gratificante e gráficos de topo. Esta foi uma fórmula que esteve no forno durante muito tempo e é sobre isso que esta retrospectiva vai incidir!

Passava o ano de 1996, quando a Bethesda lançou no mercado aquilo que se tornaria num dos first person shooters (FPS) mais influentes do mercado: Quake. Numa altura em que os jogadores ainda se questionavam sobre o próximo passo depois do memorável Doom (o original!), eis que surge um título que introduziu a uma escala mais ampla, diversas das mecânicas mais reconhecidas dos FPS de sucesso actuais. Tudo isto pela primeira vez com ambientes totalmente em três dimensões, onde os gráficos pixelizados a 2D foram substituídos por modelos totalmente renderizados a 3D. Aqui temos um título com uma jogabilidade frenética, onde a história e enredo caem para seguindo lugar no ranking da importância da diversão transmitida por esta experiência.



Efectivamente o enredo é algo fugaz aqui: Um marine que terá de derrotar as hordas das trevas, num cenário apocalíptico, onde nível após nível teremos de ir solucionando simples puzzles pelo meio para encontrar a saída final.

Contudo a jogabilidade potencia tanto o efeito gratificante, que na altura tornou-se difícil conseguir suplantar e como tal tem sido uma fórmula que tem vindo a ser melhorada. Agora com o lançamento da versão remasterizada de Quake para PCs, e diversas consolas (incluindo a Nintendo Switch!) é a altura ideal de jogadores desta geração experimentarem este icónico título.

Quake Remastered conta com visuais 4K, multiplayer entre plataformas e um nível totalmente novo dos criadores de Wolfenstein (MachineGames). Visualmente, podem contar com iluminação e modelos aprimorados, sombras dinâmicas, desfoque de movimento e anti-aliasing. A banda sonora do jogo, produzida por Trent Reznor dos Nine Inch Nails, também está um primor e facilmente memorável. Definitivamente o pacote definitivo de Quake!



As expansões Scourge of Armagon, Dissolution of Eternity e Dimension of the Past (o novo add-on criado por MachineGames), agora estão incluídos como parte do pacote padrão deste título.

No que se refere à experiencia em si, podem contar com todos os elementos existentes em 1996, onde existem algumas opções extra sobre o grafismo. Contudo, no geral, consideramos tratar-se de uma experiência altamente fiel ao original, possivelmente até demais. Denota-se que efectivamente as físicas do jogo já estão um pouco desactualizadas e a IA encontra-se bem atrás do que se observa hoje em dia nos jogos do género. Já a quantidade de armas e respectivo feeling de disparo continuam bastante gratificantes, indicando mais um excelente aspecto de um jogo que conta já com já 25 anos de idade!

Salientamos ainda os cenários e setting criado, misturando temáticas medievais, com futuristas e de terror numa perfeita harmonia. Em Quake, a sensação é de percorrermos um castelo, cheio de mecanismos e com alguma tecnologia à mistura. Ainda que não exista uma ambiente opressivo, tradicional em jogo de sobrevivência ou terror, ocasionalmente somos submetidos a alguns sustos… mas nada que a nossa fiel caçadeira de duplo cano não ajude a resolver!



Na globalidade da experiência, a sensação transmitida é que a diversão em jogar continua óptima, principalmente na vertente multiplayer. Se pretendessemos resumir este título numa única frase seria: Uma experiencia igual a si própria, devidamente transposta para as plataformas actuais.

Em Quake Remastered, o multiplayer continua idêntico ao original (um dos grandes repercussores de jogos FPS online), onde somente existem dois modos disponíveis: Cooperativo e Deathmatch. No cooperativo basicamente passamos o modo história em conjunto com amigos. Já no modo deathmatch, é todos contra todos, onde tudo vale para ficar no topo de mortes ao final do tempo de cada ronda. Efectivamente são modos simples para as dinâmicas actuais dos vídeo jogos, mas que exemplificam perfeitamente os ecos de uma outra era no que se refere a jogos competitivos online.



No modo multiplayer, a opção de jogar com outras plataformas é excelente para facilitar o match making, contudo é notório a diferença entre plataforma no que se refere à facilidade de controlo. Não obstante, à semelhança de outras opções é algo que podem desactivar.

Não é portanto um título obrigatório para a comunidade, mas se tiverem curiosidade em conhecer de onde vieram as mecânicas que tanto estão habituados em fps, é uma óptima forma de passar o tempo! Denota-se efectivamente a longo prazo alguma repetividade da jogabilidade, somente ocasionalmente quebrada pela introdução de novos enimigos. Consequentemente consideramos tratar-se de um título que é para ir sendo jogado, ao invés de uma dedicação constate, com o objectivo de chegar ao fim asism que possivel.



Quake Remastered - Uma Retrospetiva de Classe Quake Remastered - Uma Retrospetiva de Classe Reviewed by Carlos Silva on setembro 02, 2021 Rating: 5

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