[Artigo] Qual o Melhor Final Fantasy?

Neste artigo vamos dissecar quais os melhores títulos da série Final Fantasy. Certamente é uma questão bastante subjectiva, afinal cada um terá aquele título que lhe significa mais que os restantes, mas tentamos fundamentalmente avaliar o impacto de cada título no seu lançamento, o que introduziu/evoluiu na série e qual o resultado ao teste do tempo.

Para evitar demasiadas variáveis, vamos focar-nos exclusivamente nos títulos da série principal, considerando as sequelas como parte do mesmo “conjunto”.

Sem mais demoras!!!

10º - Final Fantasy IV (1991)

Motivo: Mais importante que ter sido o primeiro jogo da série para a Super Nintendo foi a reformulação que introduziu no que se refere ao sistema de batalha, enredo e caracterização de personagens. Fundamentalmente o primeiro Final Fantasy, digno do nome nos moldes ao qual o associamos nos dias de hoje.

Maior Feito: Final Fantasy IV introduziu o sistema Active Time Battle (ATB), diferenciando-se das típicas batalhas por turnos, amplamente utilizando em inúmeros RPGs na época. O sistema ATB considera que o jogador fornece o input de acções a concretizar a cada uma das personagens em tempo real durante as batalhas. Este sistema teve tanto sucesso que conseguir manter-se em utilização até o Final Fantasy X-2.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

9º - Final Fantasy XV (2016)

Motivo: Um dos maiores riscos criativos no sentido de definir o futuro da série… apesar deste risco tenha vindo a revelar-se também o seu maior problema. Introduz uma das melhores histórias da série. Infelizmente, a sua fragmentação em diversos meios (filmes, livros, DLCs, jogo) e um pacing completamente desajustado arruínam quase na totalidade a experiência.

Maior Feito: A série começou a ajustar a sua jogabilidade para um público mais amplo, introduzindo um estilo de action RPG quase puro. Um história profunda, com um vilão perfeitamente identificável. Também o primeiro título da série a criar um mundo aberto nos moldes que os reconhecemos hoje em dia, onde podemos ir a todos os locais e visitar as várias cidades em tempo real.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

8º - Final Fantasy XIV – A Real Reborn (2013)

Motivo: Primeiro título da série a apresentar um MMORPG digno do nome. E sim, estamos mesmo a considerar Final Fantasy XI e o original Final Fantasy XIV. A Real Reborn é exactamente o que o nome indica, um renascimento de um género, o qual a série simplesmente não conseguia acertar. Felizmente a formula desta versão, torna-a um dos melhores títulos da série. Apresentando uma variedade de missões, raids e batalhas PvP envolventes, A Realm Reborn é o tipo de MMORPG no qual os jogadores conseguem facilmente perder centenas de horas.

Maior Feito: Transformar um jogo mau (Final Fantasy XIV Original) num jogo bastante competente. O planeta de Hydaelyn é um dos melhores cenários de Final Fantasy já projectados. Também a sua história e o folclore são alguns dos melhores em termos de MMORPGs. Três grandes expansões foram lançadas desde o lançamento, incluindo o mais recente e excelente Shadowbringers.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

7º - Final Fantasy XII (2006)

Motivo: Revisitar Final Fantasy XII, através da remasterização HD para PS4, Xbox One, PC e Switch revelou uma verdade sobre o clássico de 2006: é uma obra-prima moderna. O primeiro título da série principal a abandonar os encontros aleatórios em prol de batalhas em tempo real nos cenários onde decorre a maior parte da aventura.

Maior Feito: Ainda nos dias de hoje, este título providencia uma jogabilidade diferenciada e cativante. O combate, denominado de Active Dimension Battle, é incrivelmente profundo graças aos sistemas gambit e quickenings (uma modificação dos famosos Limit Breaks da série).A introdução do License Board adicionou mais profundidade ao sistema de subida de níveis, muito semelhante ao que acontecera com o título anterior com a Sphere Grid.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

6º - Final Fantasy VII Remake (2020)

Motivo: Essencialmente, Final Fantasy VII Remake parece um Final Fantasy XV mais linear, mas com um sistema de batalha mais profundo e refinado. A sua história e caracterização de personagens são aprofundadas muito para alem das linhas apresentadas no título original, providenciando uma experiência verdadeiramente envolvente e coerente de acordo com o conceito moderno que a série procura se enquadrar. Apresentando gráficos e uma banda sonora do melhor observado na indústria até à data afirma-se como um porta-estandarte daquilo que não somente Final Fantasy pode ser, mas os videojogos no geral.

Maior Feito: Criar uma experiência que faz jus a um dos títulos mais icónicos da história dos videojogos. Apresentar uma melhor profundidade e interpretação da história amplamente conhecida, fazendo com que, mesmo quem seja profundo conhecedor de Final Fantasy VII fique surpreendido e cativado com aquilo que nos é apresentado.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

5º - Final Fantasy X (2001)

Motivo: Final Fantasy X é tão fenomenal hoje quanto era em 2001. A PlayStation 2 permitiu que o grafismo passasse para o próximo nível, fazendo com que Spira e os modelos das personagens parecessem mais realistas do que nunca. Ainda que seja uma experiência extremamente linear, Final Fantasy X tem ambientes espaçosos, diversos e com bom nível de profundidade na sua caracterização. Adicionalmente somos brindados com masmorras com alguns quebra-cabeças excelentes a fazer lembrar outras séries. Por fim, a narrativa, contada exclusivamente através da perspectiva de Tidus, é mais focada e com melhor pacing do que a maioria das histórias de Final Fantasy.

Maior Feito: Primeiro Final Fantasy totalmente em 3D. As cenas contam com a vocalização dos personagens pela vez na série, introduzindo um novo nível de profundidade. Inclusão da sphere grid que revolucionou o sistema de evolução das personagens, providenciado um controlo muito maior em como definir a sua evolução. E por fim, Blitzball! Um dos minijogos mais interessantes de toda a série!

Fonte: finalfantasy.fandom.com

4º - Final Fantasy VII (1997)

Motivo: Indiscutivelmente a entrada mais icónica da série. A colocação de Final Fantasy VII em 4º lugar desta lista poderá decepcionar alguns dos fãs mais devotos. Deixem-nos explicar! Final Fantasy VII tem uma história brilhante e profundamente progressiva, apresentando alguns dos melhores personagens (tanto heróis quanto vilões), da história da série. Contudo a nostalgia e hype em torno deste título, frequentemente escondem alguns dos seus problemas que ao fim de mais de 20 anos se tornaram óbvios: O sistema de batalha era extremamente lento; o salto para o 3D amadureceu extraordinariamente mal; as mecânicas de RPG não evoluiram significativamente face ao título anterior. Ainda assim, Final Fantasy VII representa aquilo que a série poderia e se tornou no futuro.

Maior Feito: Primeiro Final Fantasy com elementos 3D, ainda que em fundos pré-renderizados. Introdução de algumas das personagens mais icónicas, intemporais e memoráveis no ramo dos videojogos. Apresentou uma quantidade infindável de side activities, desde criação de chocobos a mini jogos.

Fonte: steamcommunity.com

3º - Final Fantasy VIII (1999)

Motivo: Final Fantasy VIII é provavelmente a entrada mais estranha e ousada de toda a série. Por ser tão peculiar, VIII nunca correspondeu ao legado estabelecido por VII e VI, apesar de ser um dos jogos mais diferenciados da série. Contudo ao final de mais de 20 anos é possível confirmar agora aquilo que Final Fantasy VIII representou para a série. Este foi o título que a produtora começou a experimentar mais a fundo na série, principalmente no que se refere ao sistema de combate. Em Final Fantasy VIII o sistema ATB foi reformulado e misturado com o Junction System, substituindo os tradicionais elementos de armas e armaduras para evoluir as personagens. Também graficamente é notório ser o primeiro final fantasy com modelos 3D mais detalhados, assim como cenários significativamente melhorados no que ao design diz respeito.

Maior Feito: Uma das histórias de amor mais profundas de toda a série, apresentado a evolução de um relacionamento através das mais diversas adversidades. Inclusão de um mini jogo de cartas que, para além de extremamente divertido (e convenhamos até justificar um lançamento em separado!), serve inclusive para ajudar a evolução das personagens. Finalmente as Guardian Forces tiveram a atenção devida, cada uma possível de evoluir e personalizar.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

2º - Final Fantasy IX (2000)

Motivo: Possivelmente um dos Final Fantasy com melhor grafismo e uma verdadeira homenagem ao que a série era no seu início. Em Final Fantasy IX regressamos às origens onde os castelos, cavaleiros, dragões e princesas são uma realidade. Tudo no jogo funciona em perfeita harmonia, desde a caracterização de personagens, passando pelos gráficos, até a uma jogabilidade sólida (ainda que pouco inovadora). É um título que conseguimos jogar tão bem hoje, como no dia que saiu, sem qualquer tipo de entrave.

Maior Feito: Final Fantasy IX leva a sua consola de lançamento para além daquilo que era acreditável ser criado na altura. Com gráficos e uma banda sonora profunda caracterizada, é definitivamente o melhor que a consola consegue apresentar. Também as personagens e ambientes são o expoente daquilo que a série melhor representou até à data. No entanto, aquilo pelo qual consegue desmarca-se mais, passa por conseguir combinar elementos de fantasia medieval, com a escrita das epopeias mais abrangentes dos títulos mais recentes.

Fonte: finalfantasy.fandom.com

1º - Final Fantasy VI (1994)

Motivo: Definitivamente o pináculo daquilo que Final Fantasy representou para toda uma geração, Final Fantasy VI é o título da série que combina todos os seus elementos na perfeição. Apresentando um elenco perfeito de mais de uma dúzia de personagens, este título inaugurou o design de mundos estilo “steampunk”, que seria transportado para os jogos seguintes lançados na PlayStation 1 e posteriores. Foi o título onda a fantasia se tornou lenda, e a magia foi substituída pela tecnologia emergente da Segunda Revolução Industrial.

Maior Feito: Com um ritmo perfeito, Final Fantasy VI alcançou altos níveis de impacto narrativo por causa de sua configuração. A linearidade da primeira parte da aventura permite que os personagens cresçam, com vista ao jogador criar ligações com cada um, algo impressionante considerando a quantidade de intervenientes na história. Na segunda parte o jogo abre completamente as coisas, permitindo ao jogador de uma forma não linear concluísse objectivos e masmorras da forma que quisesse. Esse nível de liberdade era surpreendente na época. Recursos de personalização robustos, incluindo feitiços mágicos exclusivos, um sistema de invocação diferenciado e uma variedade de armas enorme, fizeram o sistema de combate ATB parecer uma alegria constante.

Um título que se consegue jogar tão bem hoje quanto no dia que saiu, e o verdadeiro icon do que os JRPGs de 16 bits foram e ainda são.

Fonte: finalfantasy.fandom.com