Tennis World Tour 2 é um jogo de tênis desenvolvido pela Breakpoint Studio e publicado pela Nacon nesta versão para a playstation 5 que testámos.
Divertido e desafiante, mas por vezes faz-nos querer estar dentro do court só para podermos partir uma raquete com tal mestria a fazer lembrar Novak Djokovic (que que por sinal não está presente no jogo). Será efectivamente a melhor forma de descrever esta experiência!
Temos, nesta nova temporada, de novo todos os modos a que estamos habituados: o jogo casual que podemos experimentar com um amigo ou a IA; a academia de tennis, para nos mostrar o que nos trás de novo o jogo; e por ultimo o distinto modo carreira.
Sim vamos poder construir o nosso próprio jogador de ténis de raiz e levar um rookie que mal consegue bater uma bola até ao topo do ranking. Aqui poderemos jogar nos melhores courts do mundo como Philippe-Chatrier, Suzanne-Lenglen e Simonne-Mathieu de Roland-Garros.
Mas desengane-se quem pensar que esta tarefa é simplesmente bater umas bolas jogo após jogo. No começo da nossa jornada teremos partidas tão desiguais com os nossos adversários, que nos vão fazer querer sair do court de lagrimas nos olhos.
Temos todo um leque de pancadas que podemos dar na bola como slices, lobs, top spins e mesmo amorties. Mas a facilidade com que as dizemos é diametralmente oposta á dificuldade de acertar no timing e posicionamento que as batemos!
Este Tennis World Tour 2 trás-nos um maior realismo ao jogo, onde existem muito mais bolas jogadas fora e menos winners. Quando pensamos em realismo numa experiência deste tipo pensamos em algo bom, mas se for levado a um nível como o que vemos no jogo pode revelar-se simplesmente como algo frustrante para o jogador.
Quando a nossa personagem está a começar o seu percurso deparamo-nos com adversários que respondem aos nossos serviços com autenticos misseis, que nos afasta um pouco da realidade que querem demonstrar no timing das pancadas.
O grafismo é muito interessante, não somente ao que os courts diz respeito, mas também a alguns jogadores como Rafael Nadal ou Roger Federer. Contudo, certos jogadores poderiam ter sido melhorados, bem como a personagem que contruimos que parece saída de um jogo de Playstation 3. Salientamos, contudo, que nesta versão nativa da Playstation 5 vemos uma atualização para 4K com 60fps e loadings muito mais rápidos.
Como indicamos acima, os courts apresentam um design muito coerente, com a dimensão correcta, publico realista o suficiente e quando os nossos jogadores deslizam ou alguma bola bate no campo ficam marcas que nos dão uma sensação de não ser um ambiente estagnado.
No que se refere ao modo carreira, na caracterização do nosso personagem temos imensas opções a considerar, desde a mudança de todo o equipamento até à propria raquete. Também aqui é considerado um poder decisão, um pouco diferente do que estamos abituados neste tipo de jogos.
Nomeadamente, podemos decidir participar num torneio de renome ou num a nivel mais regional (cada um naturalmente com dificuldades bem diferentes). Tambem podemos contratar agentes ou treinadores, onde o primeiro visa aumentar o dinheiro que ganhamos em cada encontro, e o segundo ajuda-nos a evoluir as estatisticas da nossa personagem mais rapidamente.
Por fim, resta-nos abordar o sistema de cartas que podemos usar durante o encontro. Este sistema funciona como um impulsionador de capacidades do nosso jogador ou incapacitando o nosso adversário dependendo das cartas que escolhemos. De forma simples são como super poderes para os jogadores, o que tira por completo a sensação de realismo que parece ser o caminho onde o jogo nos leva no inicio da experiência.
O Melhor:
- Ambiente no court muito bom com muita variedade dos mesmos;
- Balanço entre winners e pancadas falhadas mais realista.
O Pior:
- Modo carreira com uma curva de aprendizagem muito complexa;
- Jogabilidade muito técnica.
Título: Tennis World Tour 2
Desenvolvedora: Breakpoint
Publicadora: Nacon
Ano: 2021
Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Playstation 5, através de um código gentilmente cedido pela Nacon
Autor da Análise: Bruno Neves
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