A Nintendo Switch tem recebido no seu catálogo alguns jogos
de outras gerações, que no caso de Xenoblade Chronicles Definitive Edition chega
não só com uma melhoria gráfica, mas também com um sistema de combate refinado.
Este jogo saiu inicialmente para a Wii em Junho de 2010, há mais de 10
anos, mas certamente ainda está na memória de quem o jogou: foi sem dúvidas um
dos melhores jrpgs da sua geração, no qual a sua desenvolvedora Monolith Soft fez um
excelente trabalho. Passados quase cinco anos, em Abril de 2015 o jogo foi também
lançado para a New 3DS. Na pequena portátil tem um aspeto melhor devido ao
tamanho do ecrã, contudo perdeu um pouco de
performance gráfica em relação à versão anterior, fazendo com que não se tornasse na versão superior do jogo.
No final de Maio de 2020, este belo titulo foi novamente
lançado numa consola Nintendo, neste caso a hibrida da presente geração, a
Switch. Muitas vezes títulos de gerações passadas, remasterizados ou refeitos
para a geração atual, são alvos de criticas por parte da comunidade de vídeo-jogadores:
essas criticas, na sua grande maioria das vezes, estão centradas na questão que
os jogadores querem novos videojogos, além que alguns relançamentos nada trazem
de novo e apresentam o preço de estreia. Nesta análise vamos esmiuçar o que
esta Definitive Edition tem de novo bem como se é uma oferta recomendada no
catálogo da consola.
A primeira impressão, e considerando a versão base da Wii, é
que as texturas estão significativamente melhoradas. A face das personagens
também parece menos “quadrada” e é mais atual. É notória uma melhoria de apresentação,
mas também não é nada de extraordinário. A má noticia é que no modo de televisão corre a 720p mas de forma dinâmica, às vezes nota-se que baixa a resolução
(504p). Já no modo portátil entre 378p e 540p, mas neste caso, e devido ao tamanho
do ecrã, mal se nota a baixa resolução. Para uma consola da atual geração, e
visto ser um jogo com mais de 10 anos, seria de esperar que na televisão
apresentasse uma resolução de FHD e em modo portátil de HD, mas fica aquém
disso. A boa noticia é que mesmo para os tempos atuais apresenta um grafismo
bonito, corre de forma fluida tanto em modo televisão como portátil e os seus cenários
convidam o jogador à sua apreciação.
De certa forma em termos de jogabilidade e apresentação está
próximo de Xenoblade Chronicles 2 apesar de já se notar a sua idade. A sua
jogabilidade é intuitiva, facilmente navegando-se pelos menus. Os tutoriais são disponibilizados
para consulta durante a campanha, mas mesmo para os menos experientes a
navegação é facilitada. Nesta versão a verdade é que o combate continua
agradável, controla-se uma personagem numa party de 3, e a interação em combate
é até um pouco dinâmica como é característico da série. O objetivo é ir subindo
o nível das personagens, assim como a sua afinidade, en quanto melhorando o seu equipamento, pois só
assim será possível ultrapassar os desafios.
Nesta aventura a história é centrada em Shulk, um
jovem que de repente se vê numa enorme “cruzada” juntamente com os seus amigos.
É claramente uma das melhores histórias do mundo dos videojogos com personagens
carismáticas e um bom enredo. É apresentado também um mundo aberto, e ao contrario
de outros jrpgs mais clássicos, em vez de se “grindar” para se subir o nível das
personagens pode-se e deve-se fazer as missões secundárias, isso leva-nos
para uma exploração e imersão no belíssimo mundo de Xenoblade Chronicles. Não é
que as missões secundarias estejam ao nível das principais, longe disso, na
maioria dos casos são muito simplistas: consistem em matar alguns monstros em
determinadas áreas. Mas possibilitam a exploração livre no enorme mapa de jogo
bem como a exploração de espaços quase ocultos.
Além disso quebra a linearidade da campanha, se a opção for seguir a
campanha de forma rápida esbarra-se numa certa dificuldade de progressão. Se
o jogo for devidamente apreciado a campanha tem mais de 50 horas e sempre com
uma enorme sensação de desafio e imersão na história. Esta versão tem como novidade o epilogo chamado Future Connected, trata-se de um conteúdo extra de 10 a 20 horas, dependente da realização das missões secundárias.
Para quem nunca jogou Xenoblade Chronicles tem uma excelente
oportunidade de o apreciar de forma refinada na Switch, mas os fãs da série
também devem apreciar esta nova versão. A somar às suas qualidades está também
a sua espetacular banda sonora. É difícil apontar grandes defeitos a este titulo,
a sua qualidade já era conhecida. Esta Definitive Edition não está assim tão
diferente da versão original, mas a verdade é que é um excelente jogo.
Conclusão
Xenoblade Chronicles Definitive Edition transporta-nos para
uma excelente aventura em mundo aberto. Nesta versão, e como seria de esperar,
continua com uma excelente história e jogabilidade. As novidades e melhorias em
relação à versão original são poucas e na verdade não atinge a resolução FHD em
modo TV nem HD em modo portátil, mas é um excelente titulo que é recomendado
para quem é fã do género.
O melhor
- Texturas melhoradas
- Conteúdo disponível
- História cativante
- Campanha imersiva
- Banda sonora de qualidade
O Pior
- Nesta versão poderia apresentar melhores resoluções gráficas.
Autor da Análise: Vítor Carvalho
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