Bem, 2020 foi um ano… bizarro. Entre
crises de várias naturezas e adaptações dos nossos hábitos, valeu-nos a
existência da indústria dos videojogos para não nos deixarmos ir completamente
abaixo. Nem tudo foi fantástico, mas num ano como este, há que olhar para o
lado positivo das coisas, e, portanto, é isso que nos propomos com este artigo.
A seguir, o leitor encontrará o jogo mais marcante de 2020 para cada um dos
membros da equipa GameForces, em jeito de celebração e de agradecimento a esta
indústria que todos adoramos e que tanto no entretém!
The Last of Us Part II
Produtora: Naughty Dog
Publicadora: Sony
Plataforma: PlayStation 4
Desde o grande sucesso que The Last
of Us alcançou em 2013 que os fãs desejavam por mais e 2020 foi o ano que a
Naughty Dog lançou o segundo jogo que já tinha sido prometido há algum tempo. The
Last of Us Part II é uma verdadeira obra-prima, que traz novamente a
história de Joel e Ellie e apresenta uma narrativa incrível, violenta e
altamente expressiva, testando a nossa capacidade de ter empatia e de olhar
para o outro lado da moeda.
A nível de jogabilidade, esta é expandida
em relação ao que encontramos no antecessor. Quer sejam humanos ou infetados, existe
uma grande variedade de inimigos capazes de nos surpreender. Mesmo nos momentos
em que pensamos que só pode acontecer uma certa coisa, os nossos inimigos são
capazes de nos flanquear sem repararmos. Visualmente o mundo de The Last of
Us Part II é estonteante e capaz de deixar qualquer um de boca aberta.
Graças a tudo isto, The Last of Us
Part II é, para mim, o melhor jogo do ano de 2020 e um dos melhores desta
geração.
Bernardo
Lourenço
Hyrule Warriors: Age of Calamity
Produtora: Omega Force
Publicadora: Nintendo
Plataforma: Nintendo Switch
Com uma excelente mistura entre musou,
hack ‘n’ slash e um gigante RPG, Hyrule Warriors: Age of Calamity
é para mim um dos melhores títulos das consolas deste ano!
A expectativa era grande e, na minha
opinião, o jogo conseguiu alcançar o que dele esperava. A mistura de vários
elementos e diferentes estilos de jogos, juntamente com o excelente enredo,
tornaram este título num ótimo exemplo de que podemos conseguir uma
maravilhosa experiência de jogos com vários estilos misturados.
Desde o enredo, a banda sonora, e até da
jogabilidade, sem dúvida que a Nintendo conseguiu fazer algo realmente bom com
um Hyrule Warriors: Age of Calamity!
Bruno Ferreira
Call
of Duty: Black Ops Cold War
Produtora: Treyarch
Publicadora:
Activision
Plataformas:
PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC
Como é normal da franquia Call Of
Duty, acompanhando uma nova geração de consolas, chegou um novo jogo. Ainda que sendo
um título com uma grande multiplayer, este novo Call of Duty não
nos desilude em nenhuma das 3 vertentes - campanha, multijogador e zombies (que
é um regresso).
O modo campanha para mim deverá ter aqui
um lugar de destaque, sendo graficamente muito perto da perfeição, ainda mais
quando estamos dentro das cutscenes. Sobretudo na versão PlayStation 5, enquanto
é jogado vemos o comando DualSense como estrela da companhia, com os gatilhos
adaptativos ao armamento e sensibilidade que nos transporta para a Guerra Fria.
Sendo assim, não poderíamos falar de um
jogo do ano sem incluir o novo Call Of Duty que vem mostrar que a nova
geração tem muito para nos dar
Bruno Neves
Persona 5 Royal
Produtora: Atlus
Publicadora: SEGA
Plataforma: PlayStation 4
Persona 5 arrebatou os nossos corações no início desta geração,
com um lançamento multigeracional, que permitiu a jogadores da PlayStation 3 e
4 usufruírem de igual modo desta experiência. Mas foi na sua versão Royal
que este título apresenta um conceito vencedor e virtualmente inóculo de
falhas, introduzindo um extenso conteúdo adicional e um final completamente
reformulado e significativamente mais maduro.
Com um enredo cativante, personagens
perfeitamente caracterizadas, jogabilidade irrepreensível e uma componente
gráfica e banda sonora do melhor que se pode encontrar na indústria, Persona
5 Royal assume-se facilmente como um título que irá permanecer durante
décadas no coração dos jogadores. Não se reflete de todo como um jogo simples
de se interiorizar. O próprio processo de integração, assim como a sua curva de
aprendizagem é bastante extensa, revelando-se como um título que não seja para
a generalidade dos jogadores. Ainda assim, a longo prazo, damos por nós a não sentir
as horas a passar e quando menos esperamos já gastamos 100, 120 ou 150 horas em
Tokyo e a viver as aventuras de um estudante local.
A Atlus lançou a sua grande cartada
nesta geração, elevando uma fórmula vencedora, na altura reformulada em Persona
3, ao seu pináculo. Resta agora ver como no futuro as restantes
publicadoras, e mesmo a própria Atlus, conseguirão dar sequência, acrescentar
ou mesmo reformular o género em que Persona 5 Royal se inclui.
Carlos Silva
Doom Eternal
Produtora: id Software
Publicadora: Bethesda
Plataforma: PlayStation 4, Xbox One,
Nintendo Switch, PC
Não foi fácil escolher um só jogo a
destacar este ano, mas no fim de contas não podia não dar relevo a Doom Eternal.
O frenético franchise de shooters na primeira pessoa regressou
este ano mais rápido, mais agressivo e mais violento que nunca. Desta vez, até
temos direito a uma narrativa mais sólida, mas é na jogabilidade que este jogo
volta a brilhar.
Aproveitando o excelente trabalho já
conseguido com a entrada de 2016, Doom Eternal mete a sexta e carrega no
acelerador prego a fundo. Recompensando o jogador que se arrisca a confrontar
os vários demónios cara a cara, enquanto penaliza aqueles que se tentam
resguardar e jogar pelo seguro, nunca foi tão gratificante ou tão divertido
combater as forças do inferno como neste jogo. Tudo em Doom Eternal está
meticulosamente desenhado, e mesmo a exploração ambiental em busca de
colecionáveis se apresenta como bastante apelativa.
Doom Eternal é não só um dos melhores jogos deste ano, mas o
melhor jogo no seu género de toda a geração de consolas que este ano terminou.
Que mais há a dizer? Se são fãs de FPSs, ou mesmo que não sejam, façam um favor
a vocês mesmos e experimentem este jogo (sim, mesmo que apenas tenham uma
Nintendo Switch)!
Filipe Castro Mesquita
Bug Fables: The Everlasting Sapling
Produtora:
Moonsprout Games
Publicadora:
DANGEN Entertainment
Plataformas:
PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC
Enquanto grande fã dos jogos Paper
Mario, 2020 foi um ótimo ano para mim. Não só experienciei Paper Mario:
The Origami King, o melhor jogo da série da última década, mas também tive
o prazer de descobrir Bug Fables: The Everlasting Sapling.
Bug Fables captura tudo aquilo que fez de Paper Mario 64
e Thousand-Year Door clássicos estimados pela comunidade, ao mesmo tempo
que adiciona novidades próprias que enriquecem a sua jogabilidade. Juntando a
isto um rico mundo povoado por intrigantes insetos e segredos para descobrir, Bug
Fables é uma excelente aventura RPG em que a dedicação dos produtores é
evidente do início ao fim.
Tiago Sá
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