[Análise] Inertial Drift [NSW]


Nos últimos tempos, a maioria dos jogos de corridas tem como missão ser o mais realista possível e com os carros mais fiéis aos originais. Contudo, em Inertial Drift (produzido pela Level 91 Entertainment), a direcção foi oposta, apresentando-se com visuais num estilo mais cartoon e um Gameplay focado em Drifts. Se têm memória do filme Fast & Furious Tokyo Drift, este jogo é exactamente isso.

A história em Inertial Drift conta as aventuras de um grupo de jovens amigos que sonham em serem os melhores pilotos de StreetRacing. Podemos escolher entre alguns pilotos onde cada um tem o seu próprio veículo - nesta escolha é onde recai a dificuldade pois cada um representa vários tipos de desafio.

A história não é muito longa, com a duração de mais ou menos 4 horas e tem uma narrativa bastante simples, não se vai ficar com quase nada na memória após completar o modo história mas ficamos na mesma com uma sensação de satisfação derivado da boa jogabilidade. E é nesta valência que se encontra a grande magia deste jogo: toda a mecânica recai em Drifts e na sua perfeição, seja pelo aperfeiçoamento dos Drifts como na memorização das pistas e das suas curvas.


O primeiro modo, disponível logo desde o inicio, é o modo história onde começamos numa localização e vamos completando diferentes desafios até passar para a localização seguinte, sempre nestes moldes numa progressão linear. No modo história estão incluídos todos os diferentes desafios do jogo, que são 7 no total: Practice, Ghost Battle, Time Attack, Race, Duel, Endurance e Style. Durante a história, vão aparecendo progressivamente e alternando uns com os outros.

Practice é a primeira experiência com o circuito que serve apenas para conhecer a pista e as curvas, facilmente ignorado ao fim de umas horas. No Ghost Battle, como o nome indica, corremos contra o fantasma do adversário e além de o vencer podemos ver as suas manobras e estratégias ao longo da pista. No Time Attack temos de fazer a nossa melhor volta e é provavelmente um dos modos mais divertidos pois é onde procuramos superarmo-nos a nós próprios. Em Race temos a corrida propriamente dita onde competimos com o adversário. Aqui não temos a preocupação das colisões pois não existem, no modo história até explicam que é uma tecnologia que os carros possuem para não haver colisões, assim o jogador fica mais a vontade para fazer os melhores Drifts. No Duel o segredo está na distância, aqui ganha quem ficar mais longe um do outro sem uma meta definida, contudo todo o cuidado é pouco pois um mau drift pode pôr em causa todo o desafio. Endurance tem como objectivo aguentar o máximo de tempo na pista enquanto se passa por checkpoints para ir ganhando mais tempo. Por último temos o Style, aqui o foco está nos Drifts e quanto maior for o drift maior é a pontuação.


Para além do modo história contamos com mais alguns modos de jogo onde podemos repetir alguns destes desafios com mais liberdade. Temos o Challenge que é o modo mais difícil e mais interessante pois temos de competir com carros e personagens pré-definidos com quem não temos grande experiência, mas cuja adequada conclusão permite desbloquear os personagens e os seus respetivos carros. Em Grand Prix temos uma series de circuitos também pré definidos para competir, Arcade é o modo livre onde podemos escolher tudo livremente e os modos Split-Screen multiplayer e Online multiplayer. Apesar de vários modos de jogo o modo história acaba por ser aquele onde se joga apenas um vez, passando os modos onde se investem mais tempo os Challenge e Grand Prix, pois procuram por puxar ao máximo pela habilidade do jogador.

Em termos visuais o jogo está muito bonito, cheio de cores vivas numa arte estilo anime e Synthwave, onde apesar de ser em cidades futuristas parece que estamos na década de 90. Inclusive denotam-se alguns ambientes familiares, ou mesmo carros e personagens que sentimos já ter visto em algum lugar. Durante as corridas facilmente damos por nós muitas vezes a apreciar cenários enquanto se faz um longo drift. No áudio também não fica nada atrás com músicas Jazz bem suaves e calmas, algo que não se ouve muito hoje em dia nos videojogos e muito menos em jogos de corridas, apesar de encaixar bem no jogo nota-se que foi o aspecto menos trabalhado.


Outro aspecto menos positivo é que muitas personagens, localizações e pistas presentes no modo Challenge e Grand Prix poderiam estar no modo história e assim torná-lo ligeiramente mais longo e talvez numa história mais marcante.

Em suma Inertial Drift cumpre bem o seu propósito com visuais bastante apelativos e um Gameplay fantástico. Numa era em que tudo se tenta tornar o mais realista possível aqui temos o oposto e numa experiência bastante divertida e empolgante. Sem dúvidas que a Level 91 Entertainment está de parabéns.

 


Conclusão

Inertial Drift é um jogo empolgante em que o jogador só vai sentir verdadeiramente a sua adrenalina com a Switch na mão. Com aspectos clássicos num ambiente luminoso, futurista e com um modo história solido sem dúvida temos aqui um jogo de corridas que marca está geração.


O melhor: 
  • Visuais vibrantes e coloridos;
  • Jogabilidade perfeita;
  • Vários modos de jogo;
  • Modo história sólido.
 

O pior:

  • Modo história poderia ser mais longo e completo;
  • Músicas boas mas pouco trabalhadas.

Pontuação do GameForces: 8.0/10

 

 

Artigo por: Sérgio Dias

[Análise] Inertial Drift [NSW] [Análise] Inertial Drift [NSW] Reviewed by Carlos Silva on setembro 21, 2020 Rating: 5

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