[Análise] The Eternal Castle [Remastered] [NSW]

 




Intrigante é o melhor adjectivo que podemos atribuir a toda a história e enredo em volta deste título criado e publicado pela TFL Studios que estará disponível a partir de hoje dia 21 de Agosto. O seu enigmático conceito começa quando a produtora menciona que este novo jogo se trata de um remaster (melhor dizendo, um remake) de um conhecido ainda que perdido clássico de 1987. Apesar de toda a história e mística que envolve este jogo relativamente à sua origem, após ter investigado um pouco do historial deste título, o mesmo nunca existiu. Trata-se fundamentalmente de uma homenagem por parte dos produtores a jogos similares da altura.

Apesar disso, quem o experimentar irá de certo reviver algumas memórias de outros lançamentos dessa mesma altura. Tratando-se de um jogo do tão corrente (na altura) estilo side-scrolling, este não deixa  qualquer um fascinando com todo o seu grafismo ao estilo 2D completamente pixelizado. A história coloca-nos num futuro pós apocalíptico que surge após a implementação de inteligências artificiais, onde poderemos escolher entre duas personagens (Adão e Eva) para percorrer todo o cenário que nos é apresentado. 

Utilizando mecânicas muito características da altura e reconhecidas de alguns jogos como Prince of Persia, Another World ou Flash Back, poderemos controlar o nosso personagem com comandos simples como andar, disparar, combate corpo-a-corpo e saltar bastando para isso pressionar a tecla correspondente. Tudo isto utilizando uma técnica rotoescópica para animar os movimentos das nossas personagens.




Em termos de enredo pouco acaba por ser revelado no inicio do jogo e o pouco que é revelado torna-se difícil de ler, o que torna toda a situação ainda mais nostálgica! Este aspecto torna-se ainda mais proeminente quando  a história  é introduzida em forma de balões de dialogo no decorrer do jogo, os quais contêm muito texto e tornando um pouco difícil a leitura e compreensão do que está escrito.

Apesar deste factor, o facto do jogo ser trabalhado num visual monocromático, associado a toda uma combinação de grafismo, jogabilidade por vezes um pouco trapalhona (pois os comandos, conforme era usual naquela altura, apenas respondem passados alguns milésimos de segundo) e banda sonora imersiva, acaba por proporcionar uma experiência sólida e bem construída.



O título encontra-se dividido em vários mundos, os quais serão apenas acessíveis pelo jogador após derrotar o boss final do primeiro mundo. Este irá servir como uma espécie de tutorial e adaptação aos comandos de forma a facilitar a imersão do jogador no conceito de todo o jogo. 

Consequentemente, a experiencia apresentará mais de 20 níveis em 5 mundos diferentes, nos quais estará disponível um amplo leque de varias armas, objectos que nos desbloquearam habilidades e ainda fragmentos perdidos que necessitamos de forma a regressar a casa. No final de cada nível encontraremos naturalmente um boss final.

Estes níveis podem ser jogados e repetidos pelo jogador as vezes que o mesmo pretender, pois não temos qualquer tipo de esquema de vidas, sendo que apenas morremos de forma definitiva quando saímos do próprio jogo utilizando o menu. Falando ainda em jogabilidade é de referenciar a possibilidade de desfrutar de toda esta experiência em modo cooperativo, utilizando os dois joy-cons da consola.


Conforme avançamos pelas diferentes fases de cada nível ou mundo, sentimos uma sensação de suspense, medo e diversão, pois sendo este titulo um side-scrolling nunca sabemos o que poderemos encontrar no próximo quadro de jogo.  

Em cada um destes quadros ou frames iremos encontrar vários tipos de adversários ou obstáculos, podendo ser estes, armadilhas, um inimigo humano, animais, alienígenas, qualquer outra coisa que tem como objectivo matar-te. Alternativamente também poderemos ter a sorte de simplesmente ser um checkpoint para descansarmos um pouco e que servirá também para guardar o nosso progresso até aquele ponto.

Em termos de dificuldade e jogalibilidade iremos encontrar um jogo bastante balanceado e bem distribuído. Apesar disso, existem algumas situações em que poderemos sentir a necessidade de parar e planear uma estratégia, pois em combate corpo-a-corpo teremos de tomar atenção a uma barra de stamina que permitirá ao nosso personagem executar golpes mais fortes ou mais fracos.

Por fim poderemos ainda desbloquear conteúdo extra dentro do próprio jogo, como por exemplo um episódio extra onde verificaremos um diferente desfecho ou um modo de PVP oculto.

 


Conclusão

Com um grafismo desafiante, para os padrões atuais, e uma banda sonora imersiva podemos considerar que estamos perante um título que marca pela sua diferença dos jogos a que estamos actualmente habituados. Trata-se fundamentalmente de uma solida experiência diferenciada que deixamos a nossa recomendação. 

No geral não é uma experiência longa, nem muito complicada de interiorizar e decifrar, o que não quer dizer que seja fácil terminá-lo. A combinação de todos estes factores proporcionará aos amantes, e não só, deste género de jogos umas boas horas de diversão e algumas memoráveis recordações. 




O melhor:
  • Excelente junção entre banda sonora e grafismo;
  • Comandos simples e práticos;
  • Modo co-op offline;
  • Diversidade de armas e upgrades;
  • Enredo imersivo;
  • Recordação de famosos e aclamados jogos dos anos 80;


O pior:
  • Dificuldade de leitura de certos textos e menus devido à pixelização do jogo;
  • Poderá não ser atraente a todos os públicos;




Pontuação do GameForces – 7.5/10 



Título: The Eternal Castle [REMASTERED] 
Desenvolvedora: TFL Studios 
Publicadora: TFL Studios 
Ano: 2020 


Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela TFL Studios 



Artigo por: Bruno Ferreira

[Análise] The Eternal Castle [Remastered] [NSW] [Análise] The Eternal Castle [Remastered] [NSW] Reviewed by Bruno Ferreira on agosto 20, 2020 Rating: 5

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