[Análise] Warborn [NSW]

 Desenvolvido pela Raredrop Games e publicado pela PQube, Warborn é um jogo de estratégia por turnos num mundo em que os robôs governam.

 O jogo acontece numa galáxia de seu nome Auros e onde a incerteza política é uma realidade. Com isto desencadeou-se uma guerra entre as duas fracções existentes, os Cerulianos e os Nómadas. O jogo traz-nos um mapa em grade com estrutura de hexágonos em que temos que derrotar os inimigos ou cumprir objectivos com muita táctica à mistura.

 Em termos de jogabilidade pode-nos remeter para um jogo do mesmo género de seu nome Advance Wars, mas têm muitos outros aspecto a descobrir que os diferenciam e nos mostram que Warborn é muito mais completo e complexo.

 A inspiração é clara relembrando-nos qualquer anime dos anos 90 que tenha Mechs como ponto principal (provavelmente até a fazer lembrar Transformers).

 Todos os mapas são compostos por diferentes terrenos que afectam os Mechs de alguma forma. Áreas com árvores fornecem cobertura, nas cidades ganhamos controle sobre a posição em que estamos e outros elementos ambientais dão-nos vantagens a aproveitar para vencer a luta contra o nosso inimigo.

 Como mencionado acima, durante a campanha vamos controlando cada um dos quatro comandantes e vemos a história pelos seus olhos. Sempre blindados por armaduras de Deidade, possuindo habilidades e poder de fogo avançados. Controlamos também uma série de unidades que variam desde unidades básicas de infantaria, artilheiros pesados, franco-atiradores a muito mais, incluindo médicos e aliados que aumentam as nossas estatísticas.

 Todas as unidades possuem pontos fortes e fracos e por isso a nossa estratégia têm que ser adaptada de mapa para mapa. Em todos os cenários começamos com um número limitado de unidades, sendo possivel aumentá-los capturando edifícios que nos fazem receber pontos SP. Com estes pontos permite-nos comprar novas unidades para nos ajudar na missão. Também com o aumentar do tempo que permanecem as nossas unidades em campo, vão subindo os pontos CP que quando chegam ao máximo nos deixam activar habilidades que mudam completamente o curso da batalha.

 As missões em si, não trazem muito de novo ao género em questão. Entre atacar inimigo ou defender os nossos postos, escoltar unidades ou explorar territórios são os mais comuns que vamos ver.

 Além do modo campanha que nos trará 40 missões diferentes e levará quase vinte horas a completar, temos também um modo em que podemos personalizar as batalhas contra a IA. Adicionalmente também um modo de editor de mapas encontra-se disponível, com todas as opções que compõem o jogo podendo assim estender a longevidade do mesmo. Por fim podemos também ter as nossas batalhas online com um bónus de os níveis criados pelo usuário também poderem ser adquiridos online. Isso adiciona uma enorme camada de repetibilidade, oferecendo uma quantidade quase infinita de possibilidades na maneira de jogar.

 Em termos de grafismo como mencionado no início, temos um estilo anime muito caracteristico dos anos 90 que nos traz alguma nostalgia, principalmente aos fãs do género. Enquanto que a música acompanha o género na perfeição, não sendo muito variada mas conseguido transmitir a atmosfera que o jogo passa.

Resumo

 No geral, Warborn é um jogo de estratégia baseado em turnos perfeitamente adequado, mesmo não adicionando nada de novo ao gênero. No entanto, ele contém uma sensação retro mantendo muitas semelhanças com as produções de anime japonês dos anos noventa

 Com uma campanha muito completa, quatro comandantes para experimentar, jogo online e um extenso editor de níveis, há muito conteúdo aqui para garantir um investimento a longo prazo. Porém, onde o jogo realmente brilha, está em sua acessibilidade e mecânica competente, tornando-o um jogo de estratégia ideal para iniciantes e veteranos.

O Melhor:

• Variados modos de jogo
• Construtor de níveis competente;
• Grafismo nostalgico;

O Pior:

• Não traz nada de novo ao género;
• Repetibilidade em alguns níveis;

Pontuação do GameForces – 6.5/10

Título: Warborn
Desenvolvedora: Raredrop Games
Publicadora: PQube
Ano: 2020

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela PQube



Autor da Análise: Bruno Neves