Estando
perto do final desta geração de consolas, a Sony levou hoje a cabo mais uma apresentação
transmitida em direto, desta vez dedicada exclusivamente a um dos jogos mais
aguardados do ano – The Last of Us Part II. Não tem sido uma caminhada
fácil, com sucessivos adiamentos, um dos quais devido à pandemia mundial, e com leaks que revelaram
muitos e importantes detalhes da história do jogo. Mas há que dar crédito à
Naughty Dog: todos os que conseguiram, até agora, escapar dos spoilers (e mesmo
alguns que não) continuam a aguardar pelo lançamento deste jogo com enorme
antecipação, tão poderosa foi a narrativa e tão envolvente foi o mundo mostrado
no primeiro jogo.
Esta
edição do State of Play durou cerca de 25 minutos, com Neil Druckmann a
apresentar diversas novidades relacionadas com a jogabilidade, com o mundo e
com os inimigos que encontraremos pela frente em The Last of Us Part II.
Olhemos para todos os destaques, com particular ênfase nos novos detalhes
revelados esta noite.
A
Narrativa
Sem
grandes surpresas, a história de The Last of Us Part II foi a vertente
com menos novidades a assinalar. Foram vários os pormenores que saíram
reforçados desta apresentação, como o facto de a história se passar 5 anos
depois do final do primeiro jogo (25 anos depois do início do surto que
devastou o mundo) e de encontrarmos uma Ellie com 19 anos a viver em Jackson
com Joel, Tommy e uma larga comunidade. A apresentação reforçou também que
Ellie estabeleceu várias relações profundas com as pessoas desta comunidade,
daí a enorme dor e a raiva que sente quando esta é atacada.
É
assim que começa a caminhada de vingança que Ellie seguirá, e que a levará a
novos recantos de uma América devastada. Na cidade de Seattle, onde uma grande porção da história irá decorrer, voltou a ser mostrada, com ênfase nos diversos ambientes nesta contidos, desde o
centro repleto de altíssimos edifícios, a áreas suburbanas cobertas de vegetação
e até zonas costeiras inundadas. Um novo detalhe revela que a história de Ellie
atravessará várias estações do ano, à semelhança do que acontece no primeiro The
Last of Us.
De
resto, a apresentação mostrou várias cenas repetidas de trailers anteriores ou
dos vídeos promocionais “Inside The Last of Us Part II”. Muitas das falas das
personagens foram também repetidas, apenas com um novo detalhe de interesse:
podemos ouvir Joel a refletir acerca das suas ações e decisões no final do
primeiro jogo, dando um primeiro indício do desenvolvimento da personagem. Por
fim, outro detalhe rapidamente mencionado por Neil Druckmann refere-se a “narrativas
paralelas” que podem ser descobertas. Isto pode referir-se, mais uma vez, a histórias
do passado deste mundo contadas a partir do ambiente, ou talvez algo de diferente,
como missões secundárias.
A
Jogabilidade e as Ferramentas ao Nosso Dispor
Este
foi o grande foco desta apresentação, com várias novidades relacionadas com a
jogabilidade da navegação, da furtividade e do combate a serem exibidas.
Começando pela navegação, Neil Druckmann apresentou o mundo de The Last of
Us Part II, particularmente a cidade de Seattle, como sendo o mais amplo e
mais rico alguma vez produzido pela Naughty Dog. Estando este mundo repleto cenários interiores
e exteriores para explorar, Ellie terá agora uma corda ao seu dispor,
permitindo-lhe descer de alturas elevadas ou baloiçar sobre obstáculos. Ellie
também poderá utilizar um cavalo para atravessar largos terrenos abertos ou um
pequeno bote para navegar zonas inundadas.
Quanto
às mecânicas de furtividade, esta apresentação expande um pouco o que já
sabíamos quanto às capacidades de Ellie. Escondermo-nos na relva crescida é uma
opção para navegar rapidamente pelo ambiente sem chamar a atenção, mas nunca é
completamente eficaz, com os inimigos a serem capazes de nos descobrir rapidamente
quando se aproximam. Neste título, para além do barulho que fazemos quando nos
mexemos, temos de nos preocupar com o nosso rasto olfativo, uma vez que grupos
de inimigos podem ser acompanhados por cães capazes de detetar o nosso cheiro.
Desta forma, teremos de utilizar outras táticas de distração para distrair os
animais do nosso rasto.
Por
fim, temos as mecânicas de combate. Para além da já revelada capacidade de
esquiva, Ellie terá muitos mais utensílios ao seu dispor para enfrentar os vários
inimigos com os quais se cruza. Já sabíamos da possibilidade de construir
silenciadores improvisados, e agora esta apresentação introduz outros
utensílios que podem ser construídos através de recursos e outros restos
encontrados, como vários tipos de pontas de flechas ou novos engenhos explosivos que matam ou atordoam hostis. Isto apenas é possível através de sistemas de
melhorias e de aquisição de capacidades mais alargado. Neste, as decisões tomadas
podem moldar a nossa experiência no que à jogabilidade diz respeito, para além
de serem visíveis no jogo (por exemplo, no aspeto das nossas armas). Foi também
revelado que teremos, por vezes, companheiros não jogáveis que nos alertam para
hostis fora do nosso campo de visão e nos ajudam a combater contra os mesmos.
Os
Inimigos que Teremos Pela Frente
Mas
claro que para esta jogabilidade ser impactante, Ellie terá de defrontar inimigos
que a ponham à prova e que testem a sua capacidade de sobrevivência. Mais uma
vez, teremos pela frente inimigos humanos e infetados. De referir que a
capacidade de levar estes dois géneros de hostis a enfrentarem e a
aniquilarem-se um ao outro está de regresso, depois da sua introdução em Left
Behind, DLC do primeiro jogo.
No
que toca aos infetados, vemos os três tipos de inimigos a regressar: os rápidos
mas vulneráveis Runners, os cegos mas devastadores Clickers, e os largos e
intimidantes Bloaters. Nesta sequela, podemos encontrar também Stalkers, um
novo tipo de infetado ágil que se esconde e persegue os seus alvos para os
atacar de surpresa. Podemos ainda cruzar-nos com Shamblers, outro novo tipo de
inimigo, desta vez mais largo e fortificado com várias camadas de fungos, que
se mexe lentamente mas que expele esporos mortíferos quando se aproxima de uma
vítima. Neil Druckmann refere ainda um terceiro novo tipo de inimigo infetado,
indicando que apenas o iremos descobrir quando o enfrentarmos no jogo.
De
entre os hostis humanos, temos pela frente duas fações diferentes que lutam
entre si por território e recursos. A primeira, a Washington Liberation Force
(WLF), é uma milícia altamente treinada, organizada e equipada com armas
roubadas às forças militares que tomaram controlo das zonas de quarentena. A
outra fação chama-se Serephites, ou Scars, e opera como um culto religioso que
utiliza táticas mais furtivas, como esconderem-se em vegetações ou atacar com
arco e flecha.
O
Que Vimos na Demonstração Jogada
Para
terminar a apresentação, tivemos direto a assistir a uma demonstração de The
Last of Us Part II a ser jogado, com os últimos 10 minutos a serem
reservados para o efeito. Nesta demonstração, vemos Ellie a invadir uma zona fortificada
e ocupada pelo grupo responsável pelo ataque ao seu aldeamento, em busca de um
alvo específico. Neste tempo, vemos muitas das mecânicas discutidas ao longo da
apresentação em ação, com uma revelação adicional: neste jogo, Ellie sabe
nadar, podendo navegar ou esconder-se na água para se aproximar de um objetivo.
Nesta
sequência jogada, podemos testemunhar uma fluidez impressionante entre a
navegação, a furtividade e o combate, com as animações de Ellie a movimentar-se
e a agarrar recursos presentes no ambiente a apresentarem um nível de detalhe extremamente
profundo. O abrir e fechar do menu de construção pareceu rápido, bem como a
elaboração de utensílios que viríamos a ver ser utilizados em combate. E por
falar em combate, a variedade de animações nos diversos métodos mortíferos de
Ellie impressionam, com ditos métodos a mostraram-se brutais e viscerais, dando
a sensação de que se vai sentir o peso de cada cadáver que se deixar pelo
caminho. Por fim, as transições entre jogabilidade e cenas cinemáticas foram
impercetíveis nesta demonstração, algo que esperamos encontrar, mesmo nas
versões base da PS4, quando The Last of Us Part II nos chegar no dia 19
de junho deste ano.
Artigo
por: Filipe Castro Mesquita
The Last of Us Part II - Todas as Novidades do State of Play de Hoje
Reviewed by Filipe Castro Mesquita
on
maio 27, 2020
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