[Análise] Psikyo Shooting Stars Alpha [NSW]





Psikyo Shooting Stars Alpha faz parte de um conjunto de duas colecções de Shoot’em-up da produtora PsiKyo, uma empresa Japonesa que se afirmou na década de 90 com vários jogos do género para as maquinas de árcade. Actualmente com o apoio da editora NIS America lançam vários títulos icônicos para a Nintendo Switch em formato físico sendo um deles em exclusivo.

Na sua maioria seguem uma fórmula característica da Psikyo, jogos na horizontal, sobreviver a grandes vagas de inimigos, derrotar grandes bosses e fazer o máximo de pontuação possível. Por seu mérito próprio, muitos destes títulos estão entre os melhores do género graças ao seu estilo único, excelente arte gráfica e pura adrenalina. Todos eles contam ainda com diferentes níveis de dificuldade, multijogador, uma imagem da arte de fundo e conceito artístico diferenciado para cada título.



Strikers 1945

Este é provavelmente a bandeira da Psikyo e a serie mais famosa da companhia. Originalmente lançado em 1995 apresenta-se com um tema pós segunda Grande Guerra Mundial, como se estivéssemos a combater as tropas sobreviventes em estranhas campanhas militares. Contudo, depressa se percebe que afinal por detrás estão forças extraterrestres e com um arsenal de mechs gigantes. Podemos combater escolhendo um de seis aviões de combates da época e com apenas dois botões, um para disparar e outro para usar o ataque especial, é possível entrar numa experiência de combate frenético. Fundamentalmente um clássico para qualquer amante do género.



Strikers 1945 II

Esta sequela, lançada em 1997, apresenta poucas novidades. Dos 6 aviões existentes, alguns são herdados do antecessor e outros são novas adições. A arte é praticamente a mesma, assim como o retorno dos “maravilhosos” mechs extraterrestres. O jogo continua extremamente divertido e suave de jogar, quase como se fosse uma expansão do primeiro.




Strikers 1945 III

Lançado já em 1999 bem se podia chamar Strikers 1999! Todos os aviões ao nosso dispor bem como os inimigos são mais actuais, o jogo está mais rápido e os ataques especiais ainda mais espetaculares. Definitivamente o melhor Strikers desta trilogia e com um gosto especial, pois é nesta coleção que finalmente o jogo sai para as consolas tendo estado até agora limitado a emuladores e arcadas.




Zero Gunner 2

O título mais recente desta colecção, lançado já em 2001 tem duas particularidades: é possível controlar helicópteros e podemos disparar em todas as direções rodando a aeronave. No início estranha-se mas rapidamente se entranha. A arte do jogo apresenta visuais mais modernos e alguns aspectos em 3D como edifícios onde nos podemos esbarrar são introduzidos. Quanto ao resto mantém a fórmula mágica da Psikyo, com toneladas de inimigos para destruir e bosses gigantes para abater.




Sol Divide

Sol Divide é o patinho feio desta coleção e infelizmente não se transforma em nenhum cisne. Neste jogo lançado em 1996 a Psikyo arriscou demasiado em fazer um jogo diferente e o resultado não foi o melhor. O único jogo na horizontal nesta coleção num misto de shmup com elementos de aventura, como história e upgrades diferentes para os vários ataques especiais. Os níveis resumem-se a combater meia dúzia de inimigos quase num combate corpo a corpo mas com disparos. Mesmo em dificuldades menores o jogo é demasiado frustrante pois os inimigos demoram a morrer e aproximarem-se demasiado sem grandes hipóteses de contra ataque. Mas nem tudo é mau, pois este jogo apresenta uma história (ainda que simplista) possibilitando a escolha de entre três personagens, onde depois temos caminhos alternativos. Um jogo que até tem boas ideias mas no fundo falhou na sua execução.




Dragon Blaze

Um título que pela sua qualidade geral se pode entitular como a joia da coroa desta coleção. Lançado no ano 2000 Dragon Blaze tem como cenário um mundo de fantasia onde podemos escolher uma de quatro personagens cada uma com o seu respetivo dragão. O objectivo passa por atravessar vários níveis destruindo vários tipos de monstros e inimigos. Os enormes mechs dos títulos anteriores são substituídos por monstros gigantes (como por exemplo insectos). Temos ainda o prazer de durante o combate podermos nos separar do nosso dragão ficando ele estático a disparar e controlarmos apenas o personagem dando mais liberdade no combate mas em contra partida mais vulnerável.


Estes são os seis jogos que Psikyo Shooting Stars Alpha nos apresenta e aparte disso temos algumas características extras que tiram proveito das capacidades da Nintendo Switch, como puder jogar com a consola na horizontal e ter uma experiência mais imersiva em alguns destes clássicos. Ficou apenas a faltar alguns extras como galerias de arte ou mesmo informação extra sobre cada jogo. No fundo, pequenos miminhos para os jogadores que ficam sempre bem neste tipo de coleções.



Resumo
Em resumo esta coleção é extremamente competente e traduz-se numa  sólida experiência. Mesmo com um título menos bom, torna-se obrigatória para qualquer amante do género com vários jogos notáveis que aproveitam as capacidades exclusivas da Switch. Trata-se essencialmente de uma autentica viagem no tempo até aos anos 90. Ainda de salientar que é sempre uma melhor opção que comprar cada jogo individualmente na eshop.


O Melhor:
  • Sólida compilação de Shoot m'ups para os fãs do género;
  • Boa integração com a Nintendo Switch;
  • Jogo Exclusivo nunca antes lançado.
O Pior:
  • Sol Divide destoa na sua qualidade do resto da compilação.


Pontuação do GameForces – 8.0/10



Título: Psikyo Shooting Stars Alpha
Desenvolvedora: City Connection
Publicadora: Nippon Ichi Software
Ano: 2020


Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela Nippon Ichi Software.


Artigo por: Sérgio Dias.

[Análise] Psikyo Shooting Stars Alpha [NSW] [Análise] Psikyo Shooting Stars Alpha [NSW] Reviewed by Carlos Silva on fevereiro 07, 2020 Rating: 5

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