O exterminador implacável, conforme interpretado por Arnold Schwarzenegger
é indiscutivelmente um dos grandes ícones de personagens de filmes de ficção cientifica. Foi na
década de 80 e 90 que fomos presenteados e introduzidos ao mundo criado por
James Cameron, que coloca a humanidade, num futuro apocalíptico, face a uma ameaça
robótica.
Após um super computador tornar-se autoconsicente, assumindo a identidade de
uma inteligência artificial denominada por Skynet, esta decide provocar um
holocausto nuclear que elimina a grande parte da população humana.
Os sobreviventes, liderados por John Connor, juntam-se numa última tentativa
de lutar pela sua própria existência, recuperar a sua liberdade e derrotar de uma vez por todas as infames
máquinas lideradas por Skynet. Para isso é criada uma resistência de natureza guerrilheira que
procura proteger a população civil ainda existente e atingir Skynet nos pontos mais críticos com vista à vitória final.
A história da nossa personagem, Jacob Rivers, começa quando passadas três
décadas desta guerra e numa altura em que as máquinas assumem uma postura mais agressiva. Procurando
activamente elementos particulares da resistência e consequentemente o seu extermínio, as máquinas criaram linhas de eliminação, como que uma frente de batalha cuja
rede é tão apertada que nenhum organismo vivo sobrevive.
Após ver todo o pelotão da costa Oeste ser dizimado, Rivers consegue
escapar a imenso custo e procura agora reagrupar-se com a resistência. Para
isso conta com o apoio de um pequeno grupo de sobreviventes civis, que o apoiam neste momento mais dificil.
A demanda de Rivers leva-o a percorrer inúmeros locais desolados que estão
lindamente caracterizados, dando uma sensação de ambientação óptima. O ambiente
efectivamente demonstra a desolação existente no planeta após décadas de
combate. Graficamente o jogo poderia estar mais polido e o seu filtro de
estática no ecrã também não beneficia a jogabilidade a longo prazo. É um título
que ao fim de algumas horas começa a cansar a vista devido a este efeito. Ainda
que seja um conceito artístico por parte da produtora, acreditamos que o
aprofundamento do mundo existente poderia ser beneficiado significativamente por um aprimorar
gráfico.
Devido à escassez de suplementos e munições, frequentemente temos de
procurar por sucata que nos possibilite trocar ou criar novos itens para ajudar a
passar pelas diversas missões que somos sujeitos. A jogabilidade absorve inicialmente elementos de um survival horror, na medida que temos de ter um controlo
apertado do inventário e certos inimigos temos de recorrer a uma abordagem mais
furtiva, devido a armas disponíveis inadequadas ou da falta de munições. Por
outro lado temos sequências mais associadas a um jogo mais de acção, onde temos de entrar sem
qualquer reservas em espaços e disparar contra tudo que mexe.
Contudo, podemos considerar que no geral e numa primeira instância a aventura é mais pausada e de exploração, contando com uma banda
sonora de excelência com icónicos temas da saga. A sua vista na primeira pessoa
ajuda a interiorizar a experiencia, assim como uma caracterização relativamente compentente das
personagens. Os principais colaboradores de Rivers contam com histórias minimamente interessantes, descobertas à medida que vamos cumprindo as suas side
quests e eles vão abrindo mais opções de conversa. Contudo, no geral, podemos
afirmar que para além de um ou dois elementos, a maioria não apresenta traços
significativos ou marcantes, sendo as suas histórias bastante comuns para um
mundo como este.
As estruturas das missões são bastante normais. Frequentemente temos de ir
de ponto A a ponto B, onde pelo meio temos de apanhar algum item pertencente a
uma missão secundária. A introdução de um mundo mais aberto e diversificação
das missões secundárias poderia beneficiar muito a experiencia que o jogo
transmite. Ainda assim, consideramos que os cenários são amplos o suficiente para transmitir uma sensação de liberdade.
Com o desenrolar da história, e aprimoramento
das nossas capacidades è notória uma inversão na balança de poder a favor da
nossa personagem. O sargento Rivers começa denota uma maior capacidade de
resposta de fogo que combinada com a melhoria das suas capacidades e upgrades
às armas de plasma, faz com que se perca um pouco o efeito de suspense e
transforme o jogo um pouco mais em um jogo de acção.
Também com o desenrolar da
aventura começamos a aperceber do quão profundo é a história e de como se
integra com os dois primeiros filmes da saga.
Conclusões
Terminator: Resistance é um título com uma óptima premissa, mas que transmite a sensação de que poderia ir muito mais além. Enquanto o mundo preparado
apresenta uma boa sensação de integração com o enredo da saga, notamos que um
aprimorar gráfico poderia beneficiar muito a sua profundidade.
De igual modo, sentimos que o jogo poderia puxar muito mais pelo elemento
de suspense e desespero que os primeiros filmes tão bem transmitiam. Por vezes
somos brindados com sequências de acção pura e dura que fica algo destoada com
o resto do jogo. E para o final o poder de fogo desbalança muito para o lado da personagem.
Continua uma boa aposta para quem gosta da saga. Certamente que passará uma
boas horas a experimentar esta aventura, mas a história deste mundo apocalíptico ainda tem
muito por onde crescer.
O Melhor:
- O ambiente do jogo;
- Banda Sonora;
- Enredo da história, baseada fortemente nos dois primeiros filmes da saga.
O Pior:
- Filtro granulado implementado pode remover parta da beleza do mundo.
- A estrutura de missões pode tornar-se repetitiva a certa altura.
Pontuação do GameForces - 7/10
Título: Terminator: Resistance
Desenvolvedora: Teyon
Publicadora: Reef Entertainment
Ano: 2019
Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Playstation 4, através de um código gentilmente cedido pela Reef Entertainment.
Autor da Análise: Carlos Silva
[Análise] Terminator: Resistance [PS4]
Reviewed by Carlos Silva
on
dezembro 16, 2019
Rating:
Esse jogo tem legenda BR no PS4?
ResponderEliminarSim, tem legendas em PT-BR, mas não tem vozes dubladas.
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