[Análise] Part-Time UFO [NSW]

 


Sim, já passaram 3, 3 anos desde que este engraçado e colorido titulo chegou aos nossos telemóveis! Confesso que nessa altura não cheguei a comprar o jogo, contudo era bombardeado por diversas informações sobre o titulo - principalmente no que se refere à sua vertente artística, denotando o seu ambiente colorido e cartunesco que nos transporta para um universo divertido. Nesta realidade os OVNIs deixam de ser os típicos seres maldosos que vêem ao nosso planeta para escravizar toda a população ou para nos destruir! Desta vez passam por serem uns seres alegres e divertidos que vêm ao nosso mundo com o genuíno interesse de ajudar da melhor forma que podem!

Desenvolvido pelo fantástico e conhecido estudio HAL Laboratory Inc., que nos apresentou personagens tão famosas como a reconhecida e famosa bola cor-de-rosa, também conhecida como Kirby, ou então BOXBOY + BOXGIRL, Part-Time UFO chega agora à Nintendo Switch publicado pela própria Nintendo, no que se pode chamar a hilariante edição definitiva deste titulo.


Começando pelo inicio, passe-se o pleonasmo, vamos falar da história deste jogo. Ora bem, esta não existe, sim exacto, não há história basicamente nenhuma! Se porventura existisse, seria algo similar a: ao chegar ao planeta Terra, um estranho e engraçado OVNI auxilia um agricultor com alguns problemas de carregar objecto para a sua carrinha. Após auxiliarmos esta pessoa, é-nos entregue uma revista pela qual vamos poder escolher os diferentes trabalhos ou níveis disponíveis e pronto. Efectivamente não se trata de um dos enredos mais profundos, mas também será isso tão importante numa experiência deste género?

Bem, claro que não, mas sendo que de história este jogo não possui muita, o que torna assim tão entretido? Pois bem, é esta mesma a questão que nos leva a caracterizar o melhor que este jogo pode oferecer. Em particular vamos falar dos diferentes trabalhos ou níveis, modos de jogo, jogabilidade, grafismo e som.

E começando pela ordem mencionada acima, vamos então aos níveis ou trabalhos deste jogo. Todos eles são algo simples e básicos, mas apesar disso em nada são aborrecidos. Nestes são-nos atribuídos diversos objectos ou pessoas, as quais devemos empilhar da melhor forma que nos seja possível, ou para completar um modelo pré-definido ou para chegar a uma determinada altura.


Ainda abordando a questão da jogabilidade encontra-se de igual forma disponível o modo Endless (ou sem fim, como preferirem chamar) no qual empilhamos objectos uns em cima dos outros de modo a podermos atingir a maior altura que consigamos.

No que remete às mecânicas de controlo de personagem, não podemos deixar de mencionar  a forma instintiva em como o produtor permite o controlo do nosso OVNI. Neste sentido este jogo apresenta um esquema muito sólido e bem pensado, onde com apenas o toque de uma simples tecla conseguimos fazer descer e subir o gancho que vamos utilizar para apanhar e empilhar os diferentes objectos, para além de que a movimentação do nosso OVNI é toda feita bastando apenas a utilização do nosso joystick esquerdo. Sim, parece óbvio e instintivo, mas a sensação produzida é de nos fazer recuar um pouco para aquelas máquina de moedas onde temos de utilizar uma garra para apanhar o prémio que pretendemos. E essa vertente é extramente gratificante para quem joga Part-Time UFO!


Num jogo dos criadores de Kirby, não podemos de todo deixar de falar quer seja de grafismo e de banda sonora. E neste campo é um prazer confirmar todo o cuidado na sua preparação e execução. Na sua valência gráfica, as cores e tipo de grafismo utilizados relembram alguns dos jogos do famoso balão cor-de-rosa, onde os gráficos pixelados de 16-bits e as cores vivas nos transportam para um ambiente bastante divertido e cativante.

Em termos de banda sonora, somos acompanhados por temas de simples elaboração e que na sua grande maioria apenas servem para dar um pouco mais de vida e relevo a certas partes do nível. No geral não é algo memorável, mas ajuda a criar algum ambiente para que o jogador entre um pouco mais em sintonia com o nível que está jogar.

Retrocedendo um pouco ao tema do gameplay, conforme mencionamos, não se enganem ao pensar que o jogo é simples ou básico. Uma das grandes características e algo que realmente nos atraiu neste jogo (para além de tudo o resto que já mencionei acima), passa pela diversidade de medalhas que são necessárias colectar realizando várias acções diferentes em cada um dos níveis para conseguir completá-los a 100%. Isto providencia uma óptima sensação de coleccionismo, que potencia o factor relacionado com a extensão de vida do título, de uma forma cativante e divertida para o jogador, sem se tornar demasiado repetitivo ou aborrecido.



Conclusão

Resumindo, Part-time UFO não deixa de ser um daqueles jogos aos quais o jogador volta quase sempre. Nem que seja apenas para passar alguns minutos a desvendar a melhor forma de terminar um nível, ou simplesmente conseguir algumas medalhas que ficaram para trás de um nível anterior!

Reconhecidamente todo o conjunto em si está bem pensado e estruturado, contudo para muitos o que o pode tornar uma não opção é o facto de se tratar de um relançamento de um jogo de telemóvel. Ainda assim, a sensação final que nos transmitiu é que não existe desvalorização alguma devido a este facto e o entretenimento transmitido é genuíno e cativante.


O Melhor: 

  • Cativante arte gráfica; 
  • Diferentes, engraçados e desafiantes níveis; 
  • Uma pérola para os jogadores que gostam de completar jogos a 100%;

O Pior: 

  • Banda sonora monótona e com pouca emoção;
  • Monotonia e repetividade dos níveis;

 

Pontuação do GameForces – 7/10 

 

Título: Part-time UFO 
Desenvolvedora: HAL Laboratory, Inc 
Publicadora: Nintendo 
Ano: 2020 

 

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela Nintendo. 

  

 

Autor da Análise: Bruno Ferreira

[Análise] Part-Time UFO [NSW] [Análise] Part-Time UFO [NSW] Reviewed by Bruno Ferreira on novembro 26, 2020 Rating: 5

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